Trabalho, Reprodução Material e Formação dos Preços no Desenvolvimento Capitalista
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2020.53.10-31Palavras-chave:
Teoria marxista do valor. Reprodução social. Desenvolvimento desigual.Resumo
Neste artigo é desenvolvida uma abordagem das relações entre a formação dos preços e o desenvolvimento capitalista cujo ponto de partida é o processo de trabalho em sua articulação com a reprodução material da sociedade. Metodologicamente, isto se expressa pela consideração da agregação monetária de valor baseada no tempo de trabalho como o processo básico da formação dos preços, de acordo com a teoria do valor de Marx. A partir da demonstração de que o valor agregado é a categoria econômica que permite analisar a articulação do processo de trabalho com a reprodução material da sociedade, neste artigo foi também demonstrado que tal reprodução pode ser caracterizada como um processo em que riquezas, valores e preços, embora sujeitos à luta de classes, determinam-se reciprocamente ao longo do tempo. Neste processo foi evidenciado que uma equalização estável das taxas de lucro dificilmente pode ocorrer. Ao contrário, a adoção da taxa de lucro como critério microeconômico de decisão sobre a qual se baseia a sua contínua equalização, assim como o distanciamento do valor agregado em relação ao equivalente monetário do tempo de trabalho provocado pelo processo global de equalização das taxas de lucro, têm como consequência uma ineficiência alocativa que se mostra inerente ao capitalismo. A produção capitalista, assim, ao ser determinada pela dinâmica da própria acumulação do capital coloca-se em contradição com as necessidades sociais. Pelos seus efeitos perturbadores sobre a reprodução material da sociedade, tal contradição pode ser considerada como uma das causas fundamentais do caráter desigual do desenvolvimento capitalista.
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