Teletrabalho, qualidade de vida dos trabalhadores e o desempenho econômico e financeiro das organizações
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2023.59.14680Palavras-chave:
Produtividade, Tecnologia, Flexibilidade, TeletrabalhoResumo
A modalidade de trabalho remoto é um tema que vem crescendo nas discussões e tem sido abordada com bastante intensidade nos estudos acerca da temática. Após promulgação da Lei 13.467/2017 e Lei 14.442/2022 que promoveram alterações na CLT, o trabalho remoto passa a ser visto como um fator estratégico e de competitividade organizacional. O estudo está centrado no debate acerca da modalidade de trabalho realizada remotamente, utilizando recursos da tecnologia da informação e comunicação, denominada teletrabalho/home office e visa analisar como o teletrabalho afeta a qualidade de vida dos trabalhadores e o desempenho econômico e financeiro das organizações. Trata-se de uma pesquisa descritiva, documental, estudo de caso e qualitativa. Os instrumentos utilizados foram questionário, documentos e entrevistas. Os resultados encontrados demonstram que a modalidade de trabalho remota reflete positivamente tanto na qualidade de vida dos trabalhadores quanto no desempenho econômico e financeiro das organizações, na medida em que possui vantagens e desvantagens, e que bem equilibradas representam uma conquista tanto para empregados quanto para empresa. Vantagens: melhora da qualidade de vida dos trabalhadores, diminuição do absenteísmo, menor estresse causados pelo trânsito aumento da motivação, redução do tempo despendido em deslocamentos, produtividade e redução de custos administrativos. Desvantagens: aumento nas despesas domésticas, tempo gasto para preparar as refeições e o possível impacto a saúde psicológica do trabalhador devido ao isolamento social que o teletrabalho pode proporcionar, caso não existiam medidas mitigadoras. Todavia é importante frisar que a modalidade de trabalho remota carrega alguns riscos como a fragilização e a precarização das relações de trabalho.
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