A Nova Revolução Verde Africana: de que forma ela pode contribuir para erradicar a fome e a pobreza na África
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2010.15.39-70Resumo
O presente artigo analisa os fatores que afetam o desenvolvimento da agricultura na África. Argumenta-se que é nas zonas rurais que vive a maior parte da população africana e é nessas zonas que a pobreza é mais concentrada. A agricultura, sendo a atividade mais importante nas zonas rurais africanas, possui um grande potencial para tirar muitas pessoas da pobreza. Apesar disso, atualmente esse potencial é limitado por uma série de fatores, entre eles: a baixa produtividade agrícola; a deterioração dos termos de troca e a contínua queda dos preços dos produtos agrários tradicionais de exportação africana nos mercados internacionais; a falta de investimentos adequados na investigação, extensão agrária e nas infraestruturas físicas. A “Nova Revolução Verde Africana” pode aumentar a produção e a produtividade e, desse modo, induzir o crescimento e equidade. Para que essa estratégia seja bemsucedida, no entanto, ela deve ser acompanhada por políticas públicas que aumentem o acesso e a posse da terra, particularmente às camadas mais pobres; aumente o acesso aos insumos (sementes e fertilizantes), por meio do correto funcionamento dos mercados e permita uma adequada gestão dos recursos naturais. Por outro lado, é necessário que os governos africanos façam investimentos nas (i) infraestruturas físicas; (ii) serviços de extensão e pesquisa agrária e (iii) na educação e saúde para garantir a elevação das capacidades humanas. A paz, justiça social e boa governança são igualmente fatores importantes para garantir que essa estratégia contribua efetivamente para acabar com a pobreza e a fome na África.
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