A superação do desenvolvimento pelo dinamismo do envolvimento rural
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2013.24.74-109Palavras-chave:
Desenvolvimento Agrícola, Ruralidade, Envolvimento RuralResumo
As discussões acerca do desenvolvimento, sejam direcionadas ao meio rural, urbano-industrial ou ao nível dos Estados nacionais, contém uma função ideológica tacitamente incorporada que visa à dominação dos países hegemônicos centrais e a difusão de seu estilo de vida aos países periféricos. O processo de modernização agrícola, incorporado no Brasil principalmente a partir dos anos 1960, teve como resultado a parcial desarticulação dos modos camponeses de se fazer agricultura e toda a sua sociabilidade, economia moral, tradição cultural e relação com a natureza. Assim, ele foi parcialmente exitoso em desenvolver o meio rural, desagregando parte do sistema camponês e familiar em troca da produção de poucas mercadorias feita por empresas agrícolas. Os estudiosos que acompanharam esse processo e o interpretaram, deram a ele o nome de desenvolvimento agrícola, e após constatarem, já nos anos 90, que esse modelo não trouxe avanços e sim retrocessos ao campo e às cidades, passaram a teorizar a partir de novos enfoques e sobre outros atores, compondo assim o que vem sendo chamado de desenvolvimento rural. No entanto, mesmo com o olhar renovado pelo reconhecimento do protagonismo das formas familiares e camponesas de se fazer agricultura, e pela valorização da diversidade nas ruralidades, o mito do desenvolvimento ainda permeia os debates. Nesse sentido, esse artigo busca mostrar que é mais pertinente analisar a nova ruralidade com o conceito de envolvimento rural, ao invés de conservar o inapropriado termo desenvolvimento.Downloads
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