Relações cooperativas locais segundo a perspectiva das proximidades: uma análise em APLs de confecções
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2015.31.39-69Palavras-chave:
Cooperação, Proximidade, Arranjo Produtivo LocalResumo
Grande parte dos estudos acerca das aglomerações de empresas destaca a proximidade geográfica como principal fator para o estabelecimento de vínculos cooperativos entre as empresas. Mais recentemente, os estudiosos começaram a reclamar que outras formas de proximidade também devem ser consideradas, como a proximidade cognitiva, organizacional, social e institucional. Neste âmbito, o presente estudo refere-se a análise qualitativa de dois Arranjos Produtivos Locais (APL) de confecções em Sergipe, cujo instrumento de coleta de dados eleito foi a entrevista semiestruturada. De modo geral, os resultados sugerem o aumento da proximidade social no APL de Itabaianinha decorrente de ações conjuntas bem-sucedidas em um passado recente, sobretudo entre os agentes de linhas distintas de produtos ou entre indivíduos com algum grau de parentesco. Por outro lado, a despeito da proximidade física, os agentes econômicos do APL de Tobias Barreto apresentaram resistência a cooperar e compartilhar informações. Os resultados revelam que as iniciativas institucionais têm sido insuficientes no sentido de engajá-los em esquema de cooperação mútua e que, em contextos de competitividade fundamentada excessivamente no preço, os agentes econômicos abdicariam de parcerias com seus pares da aglomeração local, insinuando que a proximidade física aliada à distância social e institucional seriam obstáculos para o estabelecimento de relações ganha-ganha.Downloads
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