Implantação de Usinas Hidrelétricas e Teoria dos Stakeholders: Analisando o processo de negociação a partir de um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.41.457-497Palavras-chave:
Usinas Hidrelétricas, Atingidos por Barragens, Stakeholders, Processo de NegociaçãoResumo
As usinas hidrelétricas têm sido as responsáveis pela maior parte da energia elétrica gerada no Brasil. Além disso, há uma tendência de que a geração de energia elétrica seja ampliada no país, levando a um aumento nas construções de hidrelétricas. Observa-se que, como em outros tipos de empreendimentos, existe a presença de interesses antagônicos: de um lado temos o Estado e empresas privadas, e do outro, as comunidades atingidas. Considerando que esses empreendimentos são quase sempre justificados por um discurso de desenvolvimento, não se pode negar que a população atingida sofre diversos impactos e que geralmente tende a ser excluída do processo decisório. Essa ideia encontra-se oposta à noção mais ampla da Teoria dos Stakeholders, segundo a qual a empresa deveria considerar todos os atores envolvidos e/ou afetados pelas ações empresariais nas suas decisões, evitando conflitos e buscando promover o equilíbrio entre os interesses dos stakeholders e da própria organização (CINTRA et al., 2015). Esse trabalho tem como objetivo identificar e analisar as ações de negociação adotadas na implantação de um empreendimento hidrelétrico no sul de MG em relação aos seus stakeholders, apontando a participação dos atingidos, o acesso e transparência, e as relações de poder presentes no processo de negociação. Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa e que utiliza a técnica de análise de conteúdo. Os principais resultados demonstram que nesse processo de negociação houve pouca participação dos atingidos, pouco acesso e transparência a informações relevantes, além de forte presença de relações de poder.
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