A Reconfiguração do Espaço Urbano e a Apropriação da Cultura como Meio de Acumulação Capitalista: Um Roteiro para Análise
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.43.147-174Palavras-chave:
Territorialidade. Espaço urbano. Cultura.Resumo
O capitalismo transforma-se por meio de discursos próprios, orientados pelo modo de produção, e, por sua vez, os discursos orientam o estilo de vida da sociedade. Do modo de produção fordista ao flexível, o discurso, nos territórios urbanos, centra-se na perspectiva do empreendedorismo urbano, pautado, especialmente, pela cultura como meio de acumulação e de desenvolvimento. O espaço urbano é constituído por relações e por processos que definem a sua territorialidade, assim como as consequências decorrentes dela, como a gentrificação. Este ensaio tem como objetivo compreender as características e as práticas socioespaciais dos diferentes agentes, a partir da apropriação do patrimônio cultural pelo capitalismo e da formação de um novo discurso. A técnica de investigação é bibliográfica e, como resultado, apresenta-se a possibilidade de discussão de um roteiro de análise a partir dos seguintes referenciais: contexto espaço temporal e histórico (HARVEY, 2005, 2007 e SANTOS, 1982); deslocamento de organizações e o adensamento de redes de interdependências sobre territórios criativos (PECQUEUR, 2009); patrimônio histórico (FLORES, 2006); o mercado mobiliário instalado no território (LEFEBVRE, 2001, HARVEY, 2005, 2012 e BOTELHO 2007); plano de desenvolvimento e o envolvimento da classe dominante (VILLAÇA, 2000); discursos ideológicos e o jogo de palavras (VILLAÇA, 2000); agentes produtores do espaço urbano e territorialidades urbanas (HARVEY, 2012 e CORREA, 1996); agentes produtores do urbano e as suas estratégias (TRINDADE Jr, 1998 e SELDIN, 2015); gentrificação (MACEDO, 2011).
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