As Cadeias Curtas das Feiras Coloniais e Agroecológicas: Autoconsumo e Segurança Alimentar e Nutricional
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.42.405-441Palavras-chave:
Autoconsumo, Segurança alimentar e nutricional, Cadeias curtas agroalimentares, Feira de produtos coloniais e agroecológicosResumo
O objetivo deste trabalho consiste em analisar as feiras coloniais e agroecológicas do município de Chapecó-SC verificando em que medida permitem a produção para o autoconsumo das famílias de agricultores e, consequentemente, sua contribuição nos aspectos relacionados à segurança alimentar e nutricional (SAN). O estudo justifica-se pelas contribuições que pode dar às ações e políticas de segurança alimentar e nutricional e de desenvolvimento rural. Trata-se de estudo transversal, descritivo com abordagem qualitativa, valendo-se ainda de métodos quantitativos para expressar os resultados. O estudo foi conduzido com sete agricultores que comercializam em três feiras no município de Chapecó. A coleta de dados ocorreu entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, por meio de entrevistas semiestruturadas e análise de dados, com estatística descritiva e análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que a prática de autoconsumo é recorrente entre os agricultores feirantes. Assim, conclui-se que as famílias dos agricultores, ao participarem das feiras, constituindo circuitos curtos agroalimentares, estão dentro dos parâmetros da SAN, pela prática de autoconsumo, uma vez que têm acesso facilitado a alimentos de qualidade, diversificados e em quantidade suficiente para a família. Ao mesmo tempo, as feiras mostraram-se enquanto uma importante estratégia de geração de renda.
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