A Teoria da Sinalização e a Recuperação Judicial: Um Estudo nas Empresas de Capital Aberto Listadas na BM&FBovespa
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.42.553-584Palavras-chave:
Insolvência, Recuperação Judicial, Teoria da Sinalização,Resumo
Baseado na Teoria da Sinalização, este trabalho partiu do pressuposto que os indicadores contábeis emitem sinais a respeito de algumas situações econômicas-financeiras. Ao utilizar um modelo de previsão de insolvência, trabalha-se com a hipótese de que os problemas de uma organização podem ser detectados antecipadamente, identificando dessa forma a saúde financeira da empresa. Sendo assim, o objetivo deste artigo é identificar os indicadores contábeis que sinalizam o estado de recuperação judicial das organizações. Foram selecionadas todas as empresas de capital aberto listadas na BM&FBovespa, durante o período de 2005 a 2013, totalizando 330 empresas e 2.664 observações. Os dados foram agrupados (pooled) de forma desbalanceada e os parâmetros estimados por meio da técnica econométrica Regressão Logística (Logit). Os resultados demonstraram que quatro indicadores são estatisticamente significativos para previsão de recuperação judicial, sendo os índices de Liquidez Corrente, Produtividade dos Ativos e Retorno sobre o Ativo significativos ao nível de 1% e Retorno sobre o Patrimônio Líquido significativo a 5%. Além disso, o modelo estimado classificou 93,69% das observações corretamente, no entanto, apenas em relação ao nível de empresas solvente o percentual de previsão foi satisfatório, atingindo 100%. Apesar do modelo não apresentar um percentual de previsão satisfatório para as empresas em recuperação judicial, os resultados individuais apresentados para cada um deles (significâncias e coeficientes de regressão) foram estatisticamente significativos.
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