O Futuro da Fumicultura: O Jovem Rural e o Dilema da Sucessão Geracional
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.43.548-572Palavras-chave:
Agricultura familiar, fumicultura, sucessão geracional, jovem ruralResumo
O dilema da sucessão geracional na agricultura familiar tem sido amplamente discutido pelos teóricos acadêmicos, no entanto pouco se fala do jovem na cadeia produtiva do tabaco. Apesar do destaque na produção nacional do fumo, e da crescente onda de produtores derivada do aumento do preço do produto, a produção fumageira brasileira oriunda principalmente da agricultura familiar pode ter seus resultados afetados pela falta de uma nova geração de agricultores. Este artigo tem por objetivo trazer a luz os motivos que levam o jovem rural a abandonar o cultivo do fumo, para tanto tomou-se por base a perspectiva chayanoviana dos sistemas não capitalistas, bem como a dinâmica percebida no contexto nacional. Por meio de entrevistas centradas na abordagem qualitativa com jovens com idade entre 15 e 30 anos, de diferentes sexos e grau de escolaridade foi possível identificar os principais fatores que motivam o jovem a deixar o campo. Estes fatores foram divididos em duas categorias: contexto social e contexto econômico. Os resultados corroboram com visão de Chayanov (1985), onde a aversão a fumicultura se dá em decorrência da excruciante jornada de trabalho atribuída a cultura. Neste sentido o contexto social foi percebido com principal fator ao abandono da atividade fumageira. Evidenciou-se ainda que no contexto econômico há descrença por parte dos jovens de que agricultura de pequena escala tenha capacidade financeira de prover seu sustento no futuro.
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