A Recolonização de Guiné-Bissau por Meio das Representações Negativas Realizadas pelos Organismos Internacionais de Desenvolvimento: de “Estado Frágil” a “Narco-Estado”
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2019.47.156-178Palavras-chave:
Desenvolvimento, Guiné-Bissau, Estado frágil, Narco-Estado, Banco MundialResumo
O artigo objetiva compreender o processo de recolonização dos países do Sul Global por meio das representações negativas realizadas pelos Organismos Internacionais de desenvolvimento (OID), analisando, para tanto, o contexto de desenvolvimento de Guiné-Bissau a partir de sua independência na década de 1970 até os dias de hoje. De caráter qualitativo, a pesquisa combina técnicas de análise documental, bibliográfica e entrevista semiestruturada. No pós-Segunda Guerra, os OIDs se constituem como legítimos produtores do conhecimento sobre desenvolvimento hegemônico capitalista. Por meio de indicadores, índices e ranqueamentos de sucesso e fracasso, determinam o escopo e perpetuam a ajuda externa e o endividamento desses países. Esse foi o caso de Guiné-Bissau que se liberou do jugo colonial para ser recolonizada por meio da dependência da ajuda externa através de um processo sistemático de representação negativa e de endividamento.
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