A Recolonização de Guiné-Bissau por Meio das Representações Negativas Realizadas pelos Organismos Internacionais de Desenvolvimento: de “Estado Frágil” a “Narco-Estado”

Autores

  • Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos Santos Universidade Federal do Sul da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2019.47.156-178

Palavras-chave:

Desenvolvimento, Guiné-Bissau, Estado frágil, Narco-Estado, Banco Mundial

Resumo

O artigo objetiva compreender o processo de recolonização dos países do Sul Global por meio das representações negativas realizadas pelos Organismos Internacionais de desenvolvimento (OID), analisando, para tanto, o contexto de desenvolvimento de Guiné-Bissau a partir de sua independência na década de 1970 até os dias de hoje. De caráter qualitativo, a pesquisa combina técnicas de análise documental, bibliográfica e entrevista semiestruturada. No pós-Segunda Guerra, os OIDs se constituem como legítimos produtores do conhecimento sobre desenvolvimento hegemônico capitalista. Por meio de indicadores, índices e ranqueamentos de sucesso e fracasso, determinam o escopo e perpetuam a ajuda externa e o endividamento desses países. Esse foi o caso de Guiné-Bissau que se liberou do jugo colonial para ser recolonizada por meio da dependência da ajuda externa através de um processo sistemático de representação negativa e de endividamento.   

Biografia do Autor

Maria do Carmo Rebouças da Cruz Ferreira dos Santos, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutora  em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília. Professora da Universidade Federal do Sul da Bahia

 

 

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Publicado

2019-05-22

Como Citar

Santos, M. do C. R. da C. F. dos. (2019). A Recolonização de Guiné-Bissau por Meio das Representações Negativas Realizadas pelos Organismos Internacionais de Desenvolvimento: de “Estado Frágil” a “Narco-Estado”. Desenvolvimento Em Questão, 17(47), 156–178. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2019.47.156-178

Edição

Seção

Artigos