Por que os Projetos Alternativos à Fumicultura não vêm se Tornando Prioridade entre os Agricultores do Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul ?
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2012.19.156-175Palavras-chave:
Diversificação, Transição, Fumicultura, Vale do Rio PardoResumo
Este texto analisa a questão das dificuldades vistas nos projetos alternativos à fumicultura, no Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul. Parte-se da presunção de que a produção de fumo nas unidades familiares interfere, com mais intensidade, brecando os projetos alternativos de diversificação produtivos, quer os de base convencional, quer os da transição agroecológica. A análise procura discutir, refletir densamente sobre essa questão levantada, sem, contudo, desconsiderar que há ideias ou proposições divergentes sobre o significado, a prática da diversificação nas áreas produtoras de fumo. A partir de estudos empíricos conclusos e da própria vivência do autor na região, conclui-se que as dificuldades de promoção de alternativas econômico-produtivas ao fumo não são basicamente provocadas pela logística da fumicultura, muito embora os aspectos “econômicos” contidos nessa atividade, assim como em quaisquer outras atividades produtivas, estejam bem mais presentes nas atitudes/concepções dos agricultores. Estes podem permanecer na fumicultura por uma conveniência basicamente material; podem, também, desistir ou diminuir a carga de trabalho, empregada naqueles projetos alternativos à fumicultura, por causa, sobretudo, do problema de inconstância de mercado, entre outros obstáculos constatados.
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