EXPERIÊNCIAS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO E JUSTIÇA RESTAURATIVA

Autores

  • Analice Brusius
  • Gadea A. Carlos Unisinos

DOI:

https://doi.org/10.21527/2317-5389.2015.5.133-157

Resumo

Este artigo apresenta um estudo sobre a Justiça Restaurativa como uma forma pacífica e dialógica de resolução de conflitos envolvendo adolescentes. De modo mais específico, traz resultados de uma investigação sociológica de modalidade qualitativa realizada no ano de 2011 que pesquisou através de análise de documentos, observações participantes e entrevistas a implementação de um projeto de Justiça Juvenil Restaurativa na Comunidade em sua relação com a comunidade local. Para embasar a discussão teoricamente, apresenta como proposta compreender esta experiência de justiça percorrendo o referencial teórico proposto por Honneth (2003) sobre a construção da identidade através do reconhecimento intersubjetivo. Este está inscrito na experiência do amor, no reconhecimento jurídico e na vivência da solidariedade (Honneth, 2003). Verificou-se que o projeto proporcionou com que os participantes fossem contemplados com maior grau de sentimentos de autorespeito, autoestima e autoconfiança, o que não se percebe em processos tradicionais e essencialmente repressores de justiça. Assim, os participantes experimentaram uma forma de resolver seus conflitos tendo a sua dignidade preservada em todo o processo e puderam, através da Justiça Restaurativa, ter a satisfação de perceberem-se enquanto sujeitos nas praticas de justiça.

Biografia do Autor

Analice Brusius

Psicóloga graduada na UNISINOS (2002). Mestre em Ciências Sociais pela mesma universidade (2012). Psicóloga da FASE RS (Fundação de Atendimento Socioeducativo do RS) desde 2002. Possui formação em Justiça Restaurativa participando de grupos de estudo e pesquisa sobre o tema desde 2005.

Gadea A. Carlos, Unisinos

Pós-doutorado na University of Miami (Center for Latin American Studies, USA, 2012). Doutor em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). Possui Mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999) e é egressa do do Instituto de Professores Artigas (1996, Uruguai) como Professor de História. Atualmente é Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais na Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

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Publicado

2015-05-05

Como Citar

Brusius, A., & Carlos, G. A. (2015). EXPERIÊNCIAS DE RECONHECIMENTO INTERSUBJETIVO E JUSTIÇA RESTAURATIVA. Revista Direitos Humanos E Democracia, 3(5), 133–157. https://doi.org/10.21527/2317-5389.2015.5.133-157

Edição

Seção

ARTIGOS