ECOS E RESSONÂNCIAS DE MEMÓRIA: DO RECONHECIMENTO OU DA CONDENAÇÃO DE VIDAS

Autores

  • José Mauro de Oliveira Braz Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
  • Fernanda Santos Curcio Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
  • Francisco Ramos de Farias Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.21527/2317-5389.2018.12.23-33

Resumo

Pretende-se problematizar a rede de interpretações e lembranças construídas acerca da pessoa criminosa e em que grau esta tessitura contribui, ou não, para a perpetuação da pena mesmo em circunstâncias nas quais tenha sido efetivada o seu cumprimento, em termos do tempo de condenação, sob custódia no sistema penitenciário. Com o crescimento constante da população carcerária no Brasil, nas três últimas décadas, a questão penitenciária vem à tona nos mais diferentes cenários, desde em rodas de conversa informais até em reuniões de família e debates públicos. Em todos estes meios sociais uma figura central emerge em pontos diferentes das discussões, ou seja, a pessoa que transgride leis e normas, tornando-se, de certa forma, a personagem central das práticas penais. Indaga-se: quais as redes de memórias que ecoam para contribuir com o não reconhecimento do valor da vida destes sujeitos? Como romper com estas memórias?

Biografia do Autor

José Mauro de Oliveira Braz, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Doutorando em Memória Social pelo Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Pedagogo, com licenciatura plena, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Pesquisador participante do projeto A construção da Memória da Educação Prisional do Estado do Rio de Janeiro sendo também bolsista DS da CAPES. Durante três anos e meio foi bolsista de Iniciação Científica (CNPq) no projeto A Construção de narrativas acerca da Memória Social no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho. Participação em eventos nacionais e internacionais com apresentação de trabalhos e publicação em anais. Tem como áreas foco de pesquisa a Educação em prisões, Educação de Jovens e Adultos e Legislação Educacional. Publicação de artigos em periódicos internacionais e nacionais e capítulos de livro. Na graduação realizou estágio na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, na qual posteriormente continuou a se aprofundar nas temática da educação. Atualmente é suplente da Comissão de Educação no Fórum Estadual de Educação. Possui experiência na organização de audiências públicas e eventos acadêmicos, bem como na construção de legislação da área educacional.

 

Fernanda Santos Curcio, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (2013) e mestrado em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2016). Doutoranda em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é bolsista do CAPES, atuando principalmente nos seguintes temas: Serviço Social; Prisão; Gênero e Memória Social.

Francisco Ramos de Farias, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Bacharel e Psicólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978), Especialista em Psicologia Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Psicologia, área Motivação e Aprendizagem pela Fundação Getúlio Vargas - RJ (1983) e Doutor em Psicologia, área Psicologia Cognitiva, pela Fundação Getúlio Vargas - RJ (1987). Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2. Atualmente é consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), professor associado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Assessor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Secretário Geral da ANINTER-SH desde 2015. Publicou pela Editora Revinter: Histeria e Psicanálise, A pesquisa nas ciências do sujeito e Psicose: ensaios clínicos; pela Editora 7Letras: Por que, afinal, matamos?; pela Editora Contracapa: Apontamentos em Memória Social; pela Editora Juruá: Trauma, Memória e Violência em coautoria com Glaucia Regina Vianna e pela Editora Lumen Juris: Punição e Prisão: ensaios críticos em coautoria com Lobelia da Silva Faceira. Participou de bancas de concursos públicos, de dissertações e teses. Apresentou em programas jornalísticos de televisão (Rede Globo, TVE, CNT) a pesquisa sobre criminalidade, violência e trauma. Apresentou matérias em jornais e seminários. Pesquisa atualmente sobre a temática violência, educação prisional, trauma e memória social. Participação em congressos nacionais e internacionais. Publicações em periódicos nacionais e internacionais. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Intervenção Terapêutica, atuando principalmente nos seguintes temas: crime, desejo, memória social, criminalidade e perversão.

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Publicado

2018-11-14

Como Citar

Braz, J. M. de O., Curcio, F. S., & Farias, F. R. de. (2018). ECOS E RESSONÂNCIAS DE MEMÓRIA: DO RECONHECIMENTO OU DA CONDENAÇÃO DE VIDAS. Revista Direitos Humanos E Democracia, 6(12), 23–33. https://doi.org/10.21527/2317-5389.2018.12.23-33