Água e território: Desafios da comunidade do assentamento Serra Negra, Floresta-PE, frente aos territórios hidrossociais do projeto de transposição do Rio São Francisco
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2025.62.16111Palavras-chave:
Conflitos por água, Territórios Hidrossociais, Nordeste brasileiro, PISFResumo
O Brasil possui um quinto de toda a água que se desloca da terra para os oceanos. Contudo, a falta de acesso à água é um desafio multifacetado, afetando diversas regiões de maneiras distintas. No Nordeste brasileiro, a baixa disponibilidade hídrica é agravada por condições climáticas adversas, associada a forma historicamente que a água vem sendo gerenciada, marcada por conflitos por água e terra. É nesse território que o Projeto de Integração do rio São Francisco (PISF) foi empreendido, causando diversos efeitos socioambientais e territoriais na região. Para tanto, este artigo tem por objetivo analisar as transformações socioterritoriais no Assentamento Serra Negra, situado em Floresta/PE, além de identificar as estratégias de lutas efetivadas pela comunidade para garantir o acesso à água. Diante disso, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, conduzida por pesquisa de campo que permitiu a aplicação de entrevista narrativa, observações diretas com registros de diário de campo e fotográficos, bem como, coleta de documentos. Os dados coletados, por sua vez, foram examinados com base na análise temática. Os resultados apontam que o território hidrossocial do Assentamento Serra Negra foi afetado, resultando em fissura territorial, além das dificuldades do acesso à água. Contudo, a organização política da comunidade possibilitou a apropriação social da água do PISF, garantindo seu acesso.
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