Between Drought and the Fence: a historical look at Water in Northeast Brazil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2023.59.13092Abstract
Drought and water scarcity are recurring issues when it comes to the Brazilian Northeast. The focus of discussions and, above all, of public policies for the region was, and still is, only around water scarcity and low annual rainfall. In other words, the debate is always based only on the physical availability of water and climatic factors. However, it is necessary to demystify the questions around water and to problematize the historical forms of its access and distribution to the populations of the region. In this sense, the research objectives are to characterize and analyze historically the main episodes of larger droughts in the region, shedding light on the set of policies and/or actions realized, in addition to examining how the São Francisco River Integration Project (PISF) came about in the debate over time until it becomes reality. Through a qualitative approach, a historical research was carried out in newspapers and documents from the National Library collection, in addition to semi-structured interviews with actors linked to the then Ministry of National Integration and observations recorded in the field diary. Therefore, the research results indicate that the water problem in the Northeast goes beyond purely rainfall issues, but also involves social and political dimensions that, historically, shaped social and power relations in the region, which, in a systematic way, defined the forms of access to water and were decisive for the perpetuation of conflicts over water.
References
AGUIAR, P. de. Nordeste: o drama das secas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
ARAÚJO, T. B de. Desenvolvimento regional no Brasil. FURTADO, C. et al. O pensamento de Celso Furtado e o Nordeste hoje. Rio de Janeiro: Editora Contraponto/Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o desenvolvimento, 2009.
ARAÚJO, T. B de. Entrevista. Rio de Janeiro: Base, Revista Democracia Viva. n. 44, jul. p-20-31, 2010.
ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO BRASILEIRO - ASA Brasil. Programa 1 Milhão de Cisternas Rurais. Disponível em: <https://www.asabrasil.org.br/acoes/p1mc#categoria_img>. Acesso 03 de jun. 2021.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.
BARROS, J. N. O desencantamento das águas no sertão: crenças, descrenças e mobilização social no projeto de transposição do rio São Francisco. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio Janeiro, 2014.
BERNARDES, D. M. Notas sobre a formação social do Nordeste. Lua Nova, São Paulo, 71, p. 41-79, 2007.
BURGARDT, C. M. A invenção da seca no século XIX: a imprensa do norte e o romance os retirantes. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014.
CALLADO, A. Os Industriais da seca e os galileus de Pernambuco: aspectos da luta pela reforma agrária no Brasil. 1ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1960.
CÂNDIDO, T. A. Proletários das secas: arranjos e desarranjos nas fronteiras do trabalho (1877-1919). Tese (Doutorado em História Social) - Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014.
CASTRO, J. E.; SILVA, J. I. A. O.; CUNHA, L. H. Os desafios do Paradigma da “cidadania” hídrica na América Latina: conflitos, estado e democracia. Prim.@ Facie International Journal. Vol. 16, n. 32, 2017.
CAVALCANTE, C. V.; PESSOA, D. M. A seca de 1979-1980: uma avaliação pela Fundação Joaquim Nabuco. Fortaleza, Banco do Nordeste; Recife, Fundação Joaquim Nabuco, 2002.
CELLARD, A. A Análise Documental. In: POUPART, J. et al. (Orgs.). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. p. 295-316.
DE NYS, E.; ENGLE, N. L.; MAGALHÃES, A. R. Secas no Brasil: política e gestão proativas. Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos- CGEE; Banco Mundial, 2016. 292 p.
EGLER, C. A. G. (Coord.) Atlas digital dos sertões. Rio de Janeiro: [s.n.], 2005.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. 30ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2001.
FURTADO, C. O Nordeste e a saga da Sudene (1958-1964). Contraponto, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Banco do Nordeste do Brasil, 2009. 283p.
GUERRA, P. D. B. A civilização da seca. Fortaleza, Dnocs, 1981. 324p.
HALL, A. Drought and irrigation in North-East Brazil. Cambridge University Press, 1978.
IANNI, O. A ditadura do grande capital [1981]. 1ª ed. São Paulo: Expressão popular, 2019, 356p.
KOURY, M. Práticas instituintes e experiências autoritárias. O sindicalismo rural na mata pernambucana, 1950-1974. Tese de Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Sociologia), Universidade Federal de São Carlos, Centro de Educação e Ciências Humanas, São Carlos, 2010.
MELLO, E. C. de. O Norte agrário e o Império: 1871-1889. 2ª ed. rev. Rio de Janeiro: Topos Editora, [1984] 1999.
MELO, M. N. M.; FUSCO, W. Migrantes Nordestinos na Região Metropolitana de São Paulo: características socioeconômicas e distribuição espacial. Revista Franco-brasileira de Geografia, Confins, 40, 2019.
MONSMA, K.; SALLA, F. A.; TEIXEIRA, A. A Sociologia Histórica: rumos e diálogos atuais. Revista Brasileira de Sociologia, vol. 6, núm. 12, p. 65-87, 2018.
MOURA, H. A. de. As variações migratórias no Nordeste: 1940/1970. Revista Econômica do Nordeste. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil. Ano IV, n.14, out/dez. 1972.
NEVES, F. C. A Miséria na Literatura: José do Patrocínio e a seca de 1878 no Ceará. Revista do Departamento de História da UFF, v. 22, p. 91-108, 2007.
NEVES, F. C. A Multidão e a História: saques e outras ações de massas no Ceará. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
NEVES, F. C. Curral dos bárbaros: os campos de concentração no Ceará (1915 e 1932). Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 15, n. 29, 1995.
NUNES, T. H. C.; RIBEIRO, M. M. R. Conflitos de segunda ordem no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco: análise por meio da metodologia da Cadeia Causal. Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, v. 26, n. 4, p. 627-637, 2021.
RANGEL, M. J.; MARQUESAN, F.F.S. A Nova Relação do Sertanejo Nordestino Brasileiro com a Face Visível da Seca. Desenvolvimento em Questão, 16, n. 42, jan./mar. 2018
RECH, D. O genocídio no meio de nós. In: CPT. CEPAC. IBASE. O genocídio do Nordeste (1979-1983). São Paulo: Mandacaru, p. 20-29, 1989.
RIOS, K. S. Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração na seca de 1932. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2014.
SILVEIRA, R. M. G. O regionalismo nordestino: existência e consciência da desigualdade regional. Fac-similar. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009.
SMITH, H. Brazil: The Amazon and the Coast. Nova York: [s. n.], 1879.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
VILLA, M. A. A vida e morte no Sertão: histórias das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX. 1ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.
YATES, J. Understanding historical methods in organization studies. In: BUCHELI, M.; WADHWANI, D. R. Organizations in time: History, theory, methods, UK: Oxford University Press, p. 265-283, 2014.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Desenvolvimento em Questão
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
