Rede de Colaboração da Agricultura Familiar no Município de Porto Velho (RO)
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2020.52.335-354Palabras clave:
Desenvolvimento Sustentável, Agricultura Familiar, Políticas Públicas, Teoria Ator-Rede.Resumen
Há necessidade de se desenvolver uma economia alternativa onde a exploração pode ser evitada, novas perspectivas de ocupação produtiva e reforçar trajetórias de inclusão social. Portanto o objetivo deste artigo é analisar o processo de relações, práticas e translações da formação de uma rede da agricultura familiar no município de Porto Velho-RO, sob a ótica da Teoria Ator-Rede. Sua relevância consiste em provocar reflexões sobre quem são os atores dessa rede, como influenciam e são influenciados e quais os resultados dessa interação. Este artigo caracteriza-se por ser uma pesquisa analítica, de natureza qualitativa e direcionada por um estudo de caso. Utilizou-se da Teoria Ator-Rede (TAR), a qual traz contribuições importantes, por se tratar de uma abordagem que propõe uma modificação em relação ao que se entende por “social”. Conclui-se que a rede foi construída em torno de três pilares: ideologia campesina, mercado e setor público. A ideologia campesina compreende a organização dos agricultores, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Brasil, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e União de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES). O setor público é representado pelas secretarias municipais SEMED, SEMAGRIC juntamente com as escolas municipais, pela CONAB e EMATER. O mercado compreende o SEBRAE e os consumidores de produtos agroecológicos. Verificou-se que o setor público juntamente com a ideologia camponesa são responsáveis pela inclusão de agricultores mais vulneráveis à rede, e que, à medida que os agricultores vão se consolidando, migram do papel de camponês para o de empreendedor.
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