As Origens dos Recentes Defaults da Economia Brasileira: Efeitos da Economia Real ou Decorrentes de Transações Puramente Financeiras?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2021.54.48-67

Palavras-chave:

Fluxo de Fundos. Matriz de Ativos e Passivos. Desequilíbrios Financeiros. Sistema de Contas Nacionais. Instrumentos Financeiros.

Resumo

O objetivo deste artigo é verificar se as origens das recentes quedas nos resultados econômicos brasileiros, observadas nos anos de 2009, 2015 e 2016, estão relacionadas à economia real ou à transações puramente financeiras. Analisou-se o índice de dispersão da discrepância e a decomposição estrutural deste índice, calculados a partir das matrizes de fluxo de fundos da economia brasileira de 2004 a 2015. As transações financeiras espelharam as transações reais em quase todos os anos, exceto em 2008. O valor total das transações das empresas financeiras cresceu mais do que o das empresas não financeiras em períodos anteriores aos defaults (2008 e 2014). Alterações nos índices de poder de dispersão corroboram essa observação ao apontar que as empresas não financeiras reduziram sua participação financeira, enquanto as empresas financeiras aprimoraram seu papel como intermediários financeiros e, ao mesmo tempo, o resto do mundo vem recebendo uma parcela significativa da poupança brasileira.

Biografia do Autor

Erika Burkowski, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF). http://lattes.cnpq.br/0441431053844250. http://orcid.org/0000-0002-8703-3985. erikabkw@yahoo.com.br

Jiyoung Kim, Okayama University, Japan

Professora da Okayama University, Japan. https://orcid.org/0000-0003-1338-3066. jiyoungkim8255@gmail.com

Downloads

Publicado

2021-03-16

Como Citar

Burkowski, E., & Kim, J. (2021). As Origens dos Recentes Defaults da Economia Brasileira: Efeitos da Economia Real ou Decorrentes de Transações Puramente Financeiras?. Desenvolvimento Em Questão, 19(54), 48–67. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2021.54.48-67