Contradições e dinâmicas sociais e econômicas na Fronteira da Paz

Autores

  • Sueli Goulart Escola de Administração; Programa de Pós-Graduação em Administração; UFRGS
  • Maria Ceci Misoczky Escola de Administração; Programa de Pós-Graduação em Administração; UFRGS
  • Rafael Kruter Flores Escola de Administração/UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.38.7-43

Palavras-chave:

Coerência regional estruturada, Sant’Ana do Livramento (RS), Rivera (UY), Fronteira Brasil-Uruguai

Resumo

Esse artigo é parte de uma pesquisa sobre as características e tendências da dinâmica sócio-econômica construída pelas organizações locais em Livramento-Rivera, cidades localizadas na fronteira Brasil-Uruguai. O referencial teórico tem o conceito de coerência estruturada no seu centro, ou seja, entendemos que processos de produção e consumo, oferta e procura (de mercadoria e força de trabalho), produção e realização, conflitos de classe e acumulação, cultura e estilos de vida, permanecem unidos em um tipo de coerência estruturada resultante do conjunto de relações de forças produtivas e sociais. A estratégia de pesquisa foi a de estudo de caso intrínseco e instrumental. Em uma primeira etapa de trabalho de campo identificamos e agrupamos projetos em dois conjuntos: aqueles impulsionados pelos grupos econômicos e políticos estabelecidos; e aqueles articulados como processos sociais inovadores. Na segunda etapa, constatamos novos projetos e a prevalência de iniciativas dominadas pela racionalidade econômica. A coerência regional estruturada pelos atores da fronteira Livramento-Rivera segue os padrões histórico-culturais da expectativa de grandes projetos propiciados por atores ‘de fora’; reproduzindo os padrões histórico-culturais da estrutura fundiária e/ou se apropriando de espaços valiosos em termos de recursos naturais. A organização de projetos alternativos à lógica desenvolvimentista, ao se entrelaçar com instituições de suporte técnico-organizacional, leva a práticas organizacionais voltadas para o mercado que solapam a produção social de lógicas distintas de organização.

Biografia do Autor

Sueli Goulart, Escola de Administração; Programa de Pós-Graduação em Administração; UFRGS

Professora e pesquisadora na Escola de Administração e do Programa de Pós-Graduação em Administração da UFRGS na área de Estudos Organizacionais. Doutora em Administração pela UFPE. Integrante do grupo de pesquisa Organização e Práxis libertadora. Associada à Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais.

 

Maria Ceci Misoczky, Escola de Administração; Programa de Pós-Graduação em Administração; UFRGS

Professora Associada da Escola de Administração da  e do Programa de Pós-Graduação em Administração da UFRGS. Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Faculdade de Arquitetura da UFRGS e Doutora em Administração também pela UFRGS. Coordenadora dos Grupos de Pesquisa Organização e Práxis Libertadora; e Gestão em Saúde

Rafael Kruter Flores, Escola de Administração/UFRGS

Professor na Escola de Administração da UFRGS. Doutor em Administração pelo PPGA/UFRGS, área de concentração Estudos Organizacionais. Mestrado em Administração pela mesma Instituição. Membro dos grupos de pesquisa Organização e Práxis Libertadora e Gestão em Saúde.

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Publicado

2017-03-24

Como Citar

Goulart, S., Misoczky, M. C., & Flores, R. K. (2017). Contradições e dinâmicas sociais e econômicas na Fronteira da Paz. Desenvolvimento Em Questão, 15(38), 7–43. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2017.38.7-43

Edição

Seção

Artigos