Supremo Tribunal Federal e acesso à justiça no contexto de crise democrática
DOI:
https://doi.org/10.21527/2317-5389.2023.22.12925Palavras-chave:
Supremo, precipuamente, acesso, justiçaResumo
O Supremo Tribunal Federal costuma ser estudado sob o enfoque eminentemente dogmático constitucional. Entende-se, contudo, ser este prisma, por si só, insuficiente ao enfrentamento de temáticas complexas e abrangentes, como o acesso à justiça e a proteção aos direitos humanos. Desta forma, visa-se a responder ao seguinte problema: Em que medida a expressão “precipuamente” (artigo 102 da Constituição) pode constituir instrumento de ressignificação da função institucional-democrática do STF no tocante ao acesso à justiça? Para tanto, buscar-se-á uma análise de revisão de literatura conjunta acerca da temática democracia-direitos humanos, relacionando-a à discussão acerca da função institucional do STF.
Referências
ALMEIDA, Rafael Alves de; ALMEIDA, Tania; CRESPO, Mariana Hernandez. Tribunal Multiportas: investindo no capital social para maximizar o sistema de solução de conflitos no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.
ANJOS FILHO, Robério Nunes dos. Direito ao desenvolvimento. São Paulo: Saraiva, 2013.
AZEVEDO, André Gomma; BARBOSA, Ivan Machado (org.). Estudos em arbitragem, mediação e negociação. Brasília: Grupos de Pesquisa, 2007. vol. 4.
BARROSO, Luís Roberto. Curso de direito constitucional contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. 8. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Tradução Marco Aurélio Nogueira. 13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 34. ed. São Paulo: Malheiros, 2019.
CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à justiça. Porto Alegre: Fabris, 1998.
CARVALHO, Sílzia Alves; DUARTE JÚNIOR, Dimas Pereira. A dignidade humana como fundamento da política pública de acesso à justiça. In: VERONESE, Josiane Rose Petry; SOUZA, Cláudio Macêdo de. Direitos humanos e vulnerabilidades. Florianópolis: Habitus Editora, 2020.
DAHL, Robert A. Sobre a democracia. Tradução Beatriz Sidou. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016.
DAKOLIAS, Maria. Banco Mundial. Documento Técnico Número 319 – Elementos Para Reforma. 1996. Disponível em: https://www.anamatra.org.br/attachments/article/24400/00003439.pdf
ECONOMIDES, Kim. Lendo as ondas do Movimento de acesso à justiça: epistemologia versus metodologia. 1999. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/producao_intelectual/arq/39.pdf
FARIA, J. E. O sistema brasileiro de Justiça: experiência recente e futuros desafios. Estudos Avançados, v. 18, n. 51, p. 103-125, 2004.
FERRAZ, Leslie Shérida. Repensando o acesso à Justiça no Brasil: estudos internacionais. Institutos inovadores. Coordenação [de] Leslie Shérida Ferraz. Aracaju: Evocati, 2016. vol. 2.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 40. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
FISHKIN, James S. Quando o povo fala: democracia deliberativa e consulta pública. Tradução Vitor Adriano Liebel. Curitiba: Instituto Atuação, 2015.
GALANTER, Marc. Acesso à justiça em um mundo com capacidade social em expansão. In: FERRAZ, Leslie Shérida. Repensando o acesso à Justiça no Brasil: estudos internacionais. Institutos inovadores. Coordenação [de] Leslie Shérida Ferraz. Aracaju: Evocati, 2016. vol. 2.
GALLARDO, Hélio. Direitos humanos como movimento social: para uma compreensão popular das lutas por direitos humanos. Rio de Janeiro: Faculdade Nacional de Direito, 2019.
GARAPON, Antoine. Un nouveau modele de justice: efficacité, acteur stratégique, sécurité. In: DANS LA TOURMENTE (1). Aux sources de la crise financière. Revue Esprit, p. 98-122, nov. 2008.
GARAU, Marilha Gabriela Reverendo; MULATINHO, Juliana Pessoa; REIS, Ana Beatriz Oliveira. Ativismo judicial e democracia: a atuação do STF e o exercício da cidadania no Brasil. In: CHEVITARESE, Alessia Barroso Lima Brito Campos (org). A (des)harmonia entre os poderes e o diálogo (in)tenso entre democracia e república. Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 5, 2015.
LIJPHART, Arend. Modelos de democracia: desempenho e padrões de governo em 36 países. Tradução Vera Caputo. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional. 13. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
MENEZES, Filipe Cortes. Plebiscito, referendo e direitos humanos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2020.
MENEZES, Filipe Cortes. Controle concentrado no STF: mais do que objetivo precisa ser célere. Itabuna: Mondrongo, 2017.
OST, François. Jupiter, Hercules, Hermes: tres modelos de juez. Doxa, v. 14, 1993.
PAPADOPOULOS, Ioannis. Introduction to comparative legal cultures: the civil law and the common law on evidence and judgment. In: GARAPON, Antoine; PAPADOPOULOS, Ioannis. Juger en Amerique et en France: culture judiciaire française et common law. Cornell Law Faculty Working Papers, Paper 15, 2004. (Oral presentation).
PESSOA, Flávia Moreira Guimarães (coord.). Democratizando o acesso à justiça. Brasília: CNJ, 2020.
REBOUÇAS, Gabriela Maia. Tramas entre subjetividades e direito: a constituição do sujeito em Michel Foucault e os sistemas de resolução de conflitos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012.
SADEK, M. T. (org.). O sistema de justiça [on-line]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2019.
TOFFOLI, José Antonio Dias (org.). 30 anos da Constituição Brasileira: democracia, direitos fundamentais e instituições. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
VITULLO, Gabriel Eduardo. Teorias da democratização e democracia na Argentina contemporânea. Porto Alegre: Editora Sulina, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Direitos Humanos e Democracia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação na Revista Direitos Humanos e Democracia do(s) artigo(s) aceitos para publicação à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da revista e suas bases de dados de indexação e repositórios, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Isto significa que, ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista Direitos Humanos e Democracia e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, os autores têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
b. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
e. O(s) A(s) autores(as) declaram que o texto que está sendo submetido à Revista Direitos Humanos e Democracia respeita as normas de ética em pesquisa e que assumem toda e qualquer responsabilidade quanto ao previsto na resolução Nº 510/2016, do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.
f. Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.
g. A Revista Direitos Humanos e Democracia é uma publicação de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou sua instituição. Os usuários têm permissão para ler, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, criar links para os textos completos dos artigos, ou utilizá-los para qualquer outro propósito legal, sem pedir permissão prévia do editor ou o autor. Estes princípios estão de acordo com a definição BOAI de acesso aberto.