The human right to housing and the expansion of housing policies applied to the case of Residential Cristo Lives in Tucuruí (PA)
DOI:
https://doi.org/10.21527/2317-5389.2023.21.13450Keywords:
Déficit Habitacional, Direito à Moradia, Financeirização, Residencial Cristo Vive, AmazôniaAbstract
This article aims to analyze how housing policies in Brazil have been implemented, their effectiveness and contradictions in combating the housing deficit and how they have responded to the criteria of adequate housing, in an Amazonian context. The research was developed through an interdisciplinary study between Law and Social Sciences, having as a theoretical apparatus, in addition to the literature on the right to the city, financialization of home ownership, and the performance of housing policies, the legal documents attached to the process of occupation of the Residencial Cristo Vive, located in the municipality of Tucuruí, in the state of Pará, which is affected by the developmental policies of expansion of capital in the Amazon. It was noticed that housing policies serve the financial and real estate sector, inverting values in relation to social rights and that the concentration of housing policy only in the focus of the acquisition of private property, ended up making it difficult for people to access to decent housing.
References
ALFONSIN, B. de M. et al. Da função social à função econômica da terra: impactos da Lei nº 13.465/17 sobre as políticas de regularização fundiária e o direito à cidade no Brasil. Revista de Direito da Cidade, [S.l.], v. 11, n. 2, p. 168-193, fev. 2020. ISSN 2317-7721. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/37245/32466. Acesso em: 7 dez. 2022.
AMORE, S. C. “Minha Casa Minha Vida” para iniciantes. In: AMORE, C. S.; SHIMBO, L. Z.; RUFINO, M. B. C. (org.). Minha casa... e a cidade? Avaliação do Programa Minha Casa Minha Vida em seis Estados brasileiros. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015.
ARAÚJO, R. S. O discurso da política desenvolvimentista no Brasil sob a prevalência do capital: o caso da UHE de Belo Monte. In: JORNADA INTERNACIONAL POLÍTICAS PÚBLICAS, 7., 2015. São Luís. Anais eletrônicos [...]. Disponível em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo8/o-discurso-da-politica-desenvolvimentista-no-brasil-sob-a-prevalencia-do-capital--o-caso-da-uhe-de-belo-monte.pdf. Acesso em: 21 nov. 2020.
BAREL, Y. Le social et ses territoires. In: AURIAC, F.; BRUNET, R. (org.). Espaces, Jeux et Enjeux. Paris: Fayard e Fondation Diderot, 1986.
BOURDIEU, P. Sobre o Estado. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
BOURDIEU, P. O campo econômico. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, França, n. 119, p. 48-66, set. 1997.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2020.
BRASIL. Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 10 de julho de 2001). São Paulo: Saraiva: 2013.
BRASIL. Ministério da Cidade. Disponível em: http://www.cidades.gov.br/. Acesso em: 6 fev. 2021a.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Disponível em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/habitacao/casa-verde-e-amarela/o-programa. Acesso em: 20 fev. 2022.
BRASIL. Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV (Lei 11.977/09), 2009.
BRASIL. Habitação. Programa Casa Verde e Amarela agora é Lei. Brasília: Habitação, 14 jan. 2021b. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2021/01/programa-casa-verde-e-amarela-agora-e-lei. Acesso em: 9 dez. 2022.
CARLOS, A. F. A. Crise urbana. São Paulo: Editora Contexto, 2015.
CARLOS, A. F. A. Da “organização” à “produção” do espaço no movimento do pensamento geográfico. In: CARLOS, A. F. A.; SOUZA, M. L.; SPOSITO, M. E. B. A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. São Paulo: Editora Contexto, 2016.
CHAUNDHRY, S. The Human Right to Adequate Housing in India: Obstacles and Challenges. Georgetown Journal of International Affairs. 2019. Disponível em: https://www.georgetownjournalofinternationalaffairs.org/online-edition/2019/3/22/thehuman-right-to-adequate-housing-in-india-obstacles-and-challenges. Acesso em: 20 fev. 2022.
DINIZ, L. C. Q. R. N. Financeirização, mercantilização e reestruturação espaço-temporal: reflexões a partir do enfoque dos ciclos sistêmicos de acumulação e da teoria do duplo movimento. Cad. Metrop., São Paulo, v. 19, n. 39, p. 351-377, maio/ago. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cm/v19n39/2236-9996-cm-19-39-0351.pdf. Acesso em: 28 mar. 2021.
FERNANDES, L. S.; MARIN, R. E. A. Trabalho escravo nas fazendas do Estado do Pará. Novos Cadernos NAEA, [S.l.], v. 10, n. 1, dez. 2008. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/72/104. Acesso em: 9 dez. 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.5801/ncn.v10i1.72
FJP. Fundação João Pinheiro. Déficit habitacional no Brasil. Banco de dados CBIC. Belo Horizonte, MG. Mar. 2021.
GARCIA, C. Constituição de 88 e direito à cidade: uma trajetória feita de participação popular. Educação e Território, 21 set. 2018. Disponível em: https://educacaoeterritorio.org.br/reportagens/constituicao-de-88-e-direito-a-cidade-uma-trajetoria-feita-de-participacao-popular/. Acesso em: 13 jan. 2021.
GONÇALVES G. T.; KALLÁS FILHO, E. O direito social à moradia e as políticas habitacionais no Brasil: a prevalência da mercantilização da moradia em detrimento de soluções alternativas. Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales. Mar. 2020. Disponível em: https://www.eumed.net/rev/cccss/2020/03/politicas-habitacionais-brasil.html http://hdl.handle.net/20.500.11763/cccss2003politicas-habitacionais-brasil
HAESBAERT, R. Des-territorialização e identidade: a rede “gaúcha” no Nordeste. Niterói: EDUFF, 1997.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização econômica. Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF, v. 6, n. 12, 2005, disponível em: http://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13478/8678. Acesso em: 23 jul. 2019
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multi-territorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HARVEY, D. O direito à cidade. Lutas Sociais, n. 29, 2012. (Dossiê Barricadas Humanas).
HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
HEBÉTTE, J. Cruzando a Fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Belém: Ufpa, 2004. Vol. III.
KRAUSE, C.; BALBIM, R.; LIMA NETO, V. C. Minha Casa, Minha Vida, nosso crescimento: onde fica a política habitacional? IPEA, Texto para Discussão, n. 183, 2013. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=19472. Acesso em: 28 mar. 2021.
LEFEBVRE, H. A cidade do capital. Rio de Janeiro: DP&A, 1969.
LEFEBVRE, H. Espace et politique, Antropos, Paris: 1972. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-89662020000100349#B17. Acesso em: 28 mar. 2021.
LEFEBVRE, H. O direito à cidade. 5. ed. São Paulo: Centauro, 2009.
LIMA, M. F. V. L. O direito à moradia e as políticas públicas habitacionais brasileiras da segunda década do século XXI. Geo Uerj, Rio de Janeiro, n. 36, e. 48406, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/48406. Acesso em: 24 mar. 2021.
LOUREIRO, V. R. Amazônia: estado, homem, natureza. 2. ed. Belém: Cejup, 2004.
MACHADO, C. L. A habitação no Brasil e possíveis soluções para reduzir o déficit. In: CASTRO, M. F.; PATERNO, A. L. Problemas de direitos fundamentais civis. Joaçaba: Editora Unoesc, 2017. Disponível em: https://www.unoesc.edu.br/images/uploads/editora/problemas_de_direitos_fundamentais_civi s.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022.
MALHEIRO, B. C.; CRUZ, V. C. Geo-grafias dos Grandes Projetos de Des-envolvimento: Territorialização de Exceção e Governo Bio/Necropolítico do Território. GEOgraphia, v.21, n.46. Niterói, UFF, 2019.
MARICATO, E. Por um novo enfoque teórico na pesquisa sobre habitação. Cadernos Metrópole, 21, p. 33-52, 1. sem. 2009.
MARICATO, E. Brasil, cidades. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
MENEZES, R. L. V. S. Crítica do direito à moradia e das políticas habitacionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017. p. 162.
MONTEIRO JÚNIOR, L. Os efeitos da financeirização sobre o setor de produção imobiliária popular. O caso da Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida. Espaço e Economia, Revista Brasileira de Geografia Econômica, n. 15, a. VIII, 2019. Disponível em: https://journals.openedition.org/espacoeconomia/7705. Acesso em: 28 mar. 2021.
OLIVEIRA, J. C. P. As dimensões corporativas do Programa Minha Casa Minha Vida, o dilema do limite entre política social e política econômica. In: CARDOSO, A. L.; JAENISCH, S. T.; ARAGÃO, T. A. (org.). Vinte e dois anos de política habitacional no Brasil: da euforia à crise. Rio de Janeiro: Letra Capital; Observatório das Metrópoles, 2017, p. 330-352. Disponível em: https://observatoriodasmetropoles.net.br/arquivos/biblioteca/abook_file/livro_politicahabitacional_2017.pdf. Acesso em: 28 mar. 2021.
ONU. Organização das Nações Unidas. Comentário Geral n. 4 do Comitê Sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 1991. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/moradia/trabalhohabitacaopronto.html. Acesso em: 21 dez. 2020.
ONU. Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em: http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/dudh.pdf. Acesso em: 24 mar. 2021.
ROLNIK, R.; KLINK, J. Crescimento econômico e desenvolvimento urbano: por que nossas cidades continuam tão precárias? Novos Estudos – Cebrap, n. 89, p. 89-109, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/nec/a/RVtd8zVwYXXbP74GzMM7tsD/abstract/?lang=pt. Acesso em: 20 fev. 2022.
ROLNIK, R. et al. Planejamento territorial e financiamento do desenvolvimento urbano nos municípios do Estado de São Paulo; Marchas e Contra-marchas. Relatório Científico Final de Pesquisa. Ago. 2013. 114 p. Disponível em: http://www.labcidade.fau.usp.br/download/PDF/2013_Pesquisa_Marchas_e_Contra_Marchas_Relatorio_Final.pdf. Acesso em: 28 mar. 2021.
RUFINO; M. B. C. Um olhar sobre a produção do PMCMV a partir de eixos analíticos. In: AMORE, Caio S.; SHIMBO, Lúcia Z. Minha casa... e a cidade? Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015. p. 51-72.
SANTOS JUNIOR, O. A. A produção capitalista do espaço, os conflitos urbanos e o direito à cidade. In: SANTOS JUNIOR, O. A. (org.). Políticas públicas e direito à cidade: programa interdisciplinar de formação de agentes sociais e conselheiros municipais. Rio de Janeiro: Letra Capital; Observatório das Metrópoles; IPPUR; UFRJ, 2011. p. 67-74.
SANTOS JUNIOR, O. A. Mais do que construir casas, Brasil precisa democratizar acesso à terra urbanizada. [Entrevista concedida a] João Vitor Santos e Wagner Fernandes de Azevedo. Revista do Instituto Humanistas, Unisinos, ed. 533, abr. 2019. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/7521-mais-do-que-construir-casas-brasil-precisa-democratizar-acesso-a-terra-urbanizada?fbclid=IwAR3ok4xqawAdz0H2NnfHlPuhBeYmr25caHVG593Q9FiA6dOx-IJghj16L8Q. Acesso em: 3 dez. 2020.
SANTOS, A. P.; LUFT, R. M.; MEDEIROS, M. G. P. Direito à moradia: um direito social em construção no Brasil – a experiência do aluguel social no Rio de Janeiro. Planejamento e Políticas Públicas, n. 46, p. 217-242, 2015.
SANTOS, M. H. S.; TOLEDO, R. A. Cidades brasileiras e o capital: segregação e espoliação urbanas e vulnerabilidade. Revista de Estudios Brasileños, Universidad de Salamanca, v. 7, n. 14, p. 93-107, 2020.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Revista Direitos Humanos e Democracia

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish in Revista Revista Direitos Humanos e Democracia agree to the following terms:
The works published in Revista Direitos Humanos e Democracia follow the license for journals and research in all environments, whether commercial or non-commercial, that make up the international scientific communication system. The journal is licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The editorial team authorizes free access and wide distribution of the published content, provided that the source is cited, i.e., credit is given to the authors and Revista Direitos Humanos e Democracia, and the text is preserved in its entirety. Authors are allowed to deposit pre-print and post-print versions in institutional or thematic repositories or on their personal webpage (website, blog), as long as it is open access and without any embargo period.
Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International License, which allows sharing the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are authorized to enter into separate additional contracts for non-exclusive distribution of the work published in this journal (e.g., publishing in an institutional repository or as a book chapter), with recognition of authorship and initial publication in this journal.
Authors are permitted and encouraged to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal webpage) at any point before or during the editorial process, as this may lead to productive changes, as well as increase the impact and citation of the published work (See The Effect of Open Access).