O ENSINO FRATERNAL E HUMANISTA COMO PRESSUPOSTO DEMOCRÁTICO E A EFETIVA INTEGRAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AGENDA EDUCACIONAL ATÉ 2030

Autores/as

  • Fábio da Silva Veiga Universidad de Almería
  • Vivian Rodrigues Madeira da Costa Universidad de Sevilla

DOI:

https://doi.org/10.21527/2317-5389.2020.15.12-23

Palabras clave:

Ensino; Fraternal; Direitos Humanos, Democracia

Resumen

Como fruto do trabalho do Fórum Mundial sobre a Educação realizado em 2015 e liderado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, foi publicada no cenário internacional a Declaração de Incheon e o Marco de Ação até 2030, rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à educação ao longo da vida para todos. Esta Declaração, de significativa importância no âmbito internacional, deve ter um reflexo necessário nas democracias constitucionais contemporâneas, de forma a implementar definitivamente o conteúdo dos direitos humanos tanto de forma objetiva, como parte da matéria constante no programa curricular, quanto de maneira a nortear a política de ensino, a partir da introdução de importantes medidas de justiça social. Com efeito, o ensino precisa ser mais abrangente, livre e inclusivo, sendo o acesso à educação um direito humano e, portanto, reconhecidamente essencial ao livre desenvolvimento humano. O conteúdo humanista e fraterno precisa ser alçado ao debate político e não ser relegado ao campo puramente da ética, muito embora essa seara também seja juridicamente importante. Mas, o próprio princípio da fraternidade traz consigo uma força axiológica passível de objetividade e não deve ser olvidado, como componente importante da famosa tríade principiológica revolucionária, a modular e moldar a liberdade e a igualdade. Da mesma forma, a instrução é pressuposto para a efetividade e a legitimidade democráticas, vez que não pode haver um governo do povo sem educação e, assim, possibilidade de manifestação livre da vontade. Ao longo do presente artigo, buscar-se-á abordar tais aspectos, de maneira a defender a inclusão dos direitos humanos na agenda educativa, constituindo um sistema de ensino fraternal e humanista a ser instituído até 2030.

Biografía del autor/a

Fábio da Silva Veiga, Universidad de Almería

Professor de Direito Empresarial da Universidade de Almería, Espanha. Doutor em Direito Empresarial pela Universidade de Vigo, Espanha - com a tese premiada pela reitoria da Universidade de Vigo (Prêmio Extraordinário). Coordenador do Pós-doutorado em Direito Público da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha. Foi professor na Universidade Europeia de Madrid e na Universidade de Las Palmas de Gran Canaria. Presidente do Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos - IBEROJUR. 

Vivian Rodrigues Madeira da Costa, Universidad de Sevilla

Mestre em Governança e Direitos Humanos pela Universidade Autônoma de Madrid, Espanha. Mestranda em Direito Público pela Universidade de Sevilha, Espanha. Investigadora da área científica de Direito Internacional do Instituto Iberoamericano de Estudos Jurídicos - IBEROJUR - Portugal,  advogada.

Publicado

2020-08-06

Cómo citar

Veiga, F. da S., & da Costa, V. R. M. (2020). O ENSINO FRATERNAL E HUMANISTA COMO PRESSUPOSTO DEMOCRÁTICO E A EFETIVA INTEGRAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AGENDA EDUCACIONAL ATÉ 2030. Revista Derechos Humanos Y Democracia, 8(15), 12–23. https://doi.org/10.21527/2317-5389.2020.15.12-23

Número

Sección

ARTIGOS DE AUTORES ESTRANGEIROS