A REINCIDÊNCIA CRIMINAL EM UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA: UM ESTUDO NA PENITENCIÁRIA PADRÃO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE

Autores

  • Antonio Pereira Cardoso da Silva Filho UFRN
  • Tiago de Oliveira Melo Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI
  • Bruno Cézar Cadé Universidad del Museo Social Argentino - UMSA

DOI:

https://doi.org/10.21527/2317-5389.2019.14.263-286

Resumo

Esta pesquisa objetiva analisar os fatores inibidores e propulsores da reincidência criminal nos discursos da sociedade civil e dos apenados reincidentes da Penitenciaria Padrão Regional de Campina Grande-PB. Para tanto, foram adotados os seguintes procedimentos: caracterização do ambiente de estudo; levantamento documental; aplicação de questionários. No que se refere à percepção do apenado, foram destacados como propulsores: condições do presídio, convívio com criminosos, falta de emprego, falta de políticas do governo, dependência e tráfico de drogas, nenhuma condição financeira, falta de apoio da sociedade, preconceito e revolta pela lentidão do processo. Já como fatores inibidores, estes ressaltaram: relação familiar, possibilidade de emprego, sentimento de insegurança física e mental, inimizades dentro do presídio, situação de encarceramento e condição do presídio. Quando comparado os discursos destes sujeitos com os da sociedade civil, coincidem como propulsores: o preconceito, a falta de emprego, a dependência de substâncias psicoativas, as políticas de ressocialização, as condições do presídio e o convívio com outros criminosos. Vale ressaltar que as características pessoais do apenado, a ausência de Deus e de perspectivas foram propulsores indicados apenas pela sociedade civil. No que tange aos aspectos inibidores, o único elemento coincidente entre os dois discursos foi à possibilidade de emprego.

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Publicado

2019-12-23

Como Citar

Cardoso da Silva Filho, A. P., Melo, T. de O., & Cadé, B. C. (2019). A REINCIDÊNCIA CRIMINAL EM UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA: UM ESTUDO NA PENITENCIÁRIA PADRÃO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE. Revista Direitos Humanos E Democracia, 7(14), 263–286. https://doi.org/10.21527/2317-5389.2019.14.263-286