A (IN)COMPLETUDE DO DISCURSO JURÍDICO ANTE A PRODUÇÃO DISCURSIVA DE UM NOVO PARADIGMA SEXUAL: A Transexualidade
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-6622.2008.30.%25pResumo
É preciso identificar de que forma o imaginário faz parte do funcionamento da linguagem, de modo a assentar-se nas relações sociais e se inscrever na História, mediante relações de poder. São as condições de produção de sentido que estabelecem essas relações, vinculando-as à memória e remetendo-as à formação discursiva. Conseqüentemente, o estudo do discurso explicita de que forma a linguagem e a ideologia se articulam e se afetam reciprocamente. Ao criar um dispositivo de análise para os textos jurídicos, rompe-se com a mística da neutralidade refletida no senso comum teórico dos juristas e inscreve-se em uma posição relativizada diante da interpretação, perpassando a transparência da linguagem, da literalidade do sentido e da onipotência do sujeito, contemplando e expondo os efeitos da interpretação, para que se reflita no sentido do reflexo, da imagem, da ideologia e, primordialmente, no sentido do pensar vinculado a um objeto de análise, com a finalidade de abrir espaço
para o discurso do transexual, não apenas o discurso sobre o transexual.
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