CONSUMO DE ANTIDEPRESSIVOS POR USUÁRIOS DE UMA FARMÁCIA MUNICIPAL DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2020.38.78-85Palavras-chave:
Depressão; Antidepressivos; Uso de Medicamentos; Saúde Pública.Resumo
Avaliou-se o perfil de uso de antidepressivos e presença de sintomas depressivos entre usuários de uma farmácia municipal. Trata-se de estudo transversal e quantitativo realizada com usuários de antidepressivos em uma farmácia pública de um município do Noroeste do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário semi-estruturado sobre características sociodemográficas e condições de saúde e aplicação do Inventário de Depressão de Beck. Participaram do estudo 84 usuário de antidepressivos, com idade média de 55,23±13,57 anos. Entre os usuários 60,7% estavam com ausência de sintomas ou sintomas mínimos 22,6% depressão leve, 15,5% depressão moderada e 1,2% depressão grave. Entre as características sociodemográficas a maioria eram mulheres (73,8%), estado civil casados ou união estável (67,8%), com escolaridade de ensino fundamental incompleto (54,8%) e residiam na zona rural (66,7%). A Fluoxetina (24,5%) foi o medicamentos mais utilizado e o tempo de uso de antidepressivos apresentou mediana de 3 anos. Não foram identificadas diferenças estatísticas entre a presença de sintomas depressivos e características sociodemográficas e condições de saúde. Evidencia-se que o perfil dos usuários de antidepressivos assemelha-se as características nacionais, e mais metade dos usuários estavam com ausência de sintomas ou sintomas mínimos. Nesse contexto, destaca-se que o profissional farmacêutico tem um papel fundamental no processo de cuidado, desde orientar o paciente sobre a farmacoterapia, identificar possíveis erros de prescrição, promover o uso racional e a adesão, bem como incentivar terapias não medicamentosas.
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