Perfil da automedicação entre universitários dos cursos da saúde no nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2023.47.13151Palavras-chave:
Autocuidado; Automedicação; Educação superior; EstudantesResumo
O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil de automedicação entre os universitários da área de saúde de uma instituição pública de ensino. Trata-se de uma pesquisa observacional com delineamento transversal, realizada com os estudantes dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus Lagarto. Foi utilizado instrumento adaptado do estudo de Coelho16, contendo 29 questões sobre os dados sociodemográficos e a prática da automedicação. A coleta de dados ocorreu no período de dezembro de 2020 a março de 2021. O questionário foi enviado aos participantes por meio do aplicativo Google Forms. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva e inferencial ao nível de significância de p < 0,05. Entre os participantes (n=210), constatou-se que 97,14% (n=204) dos estudantes já praticaram a automedicação, apesar de terem conhecimento sobre os riscos de tal prática. A cefaleia foi a queixa mais manejada por automedicação (85,78%; n=175) e as classes farmacológicas mais utilizadas foram os analgésicos (90,69%; n=185) e os anti-inflamatórios (48,53%; n=99). A automedicação foi realizada com o uso de prescrições antigas (54,41%; n=111) e pelo conhecimento adquirido durante a Graduação (53,92%; n=110). Os estudantes tiveram como principal fonte de informação a bula do medicamento (81,37%; n=166). A automedicação, portanto, é uma prática expressiva entre os universitários da área da saúde, o que demanda a conscientização e a compreensão sobre as implicações positivas e negativas advindas com essa prática para os futuros pacientes desses universitários.
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