Rastreio Cognitivo em Adultos com Esclerose Múltipla
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2023.47.13996Palavras-chave:
Esclerose Múltipla, Instrumento de Triagem de Avaliação Cognitiva, Cognição, Memória, LinguagemResumo
Objetivo: Analisar o desempenho de adultos com Esclerose Múltipla (EM) em rastreio cognitivo e observar a correlação entre a idade e as habilidades cognitivas. Métodos: É uma pesquisa descritiva, observacional, transversal e quantitativa. Foi realizada com 27 indivíduos com diagnóstico médico de EM: 22 mulheres, 5 homens, com idades entre 20 e 60 anos. A coleta dos dados foi realizada por meio de três instrumentos: Montreal Cognitive Assessment (Moca); Bateria Breve de rastreio cognitivo e um Protocolo de identificação pessoal. A análise dos dados foi realizada de forma quantitativa, descritiva e inferencial. Aplicou-se o teste de Mann-Whitney e correlação de Spearman, com significância de p<0,05. Resultados: A maioria dos participantes apresentou queixas de memória e dificuldades nas provas de subtração e evocação tardia. Verificou-se que houve correlação negativa entre a idade e o desempenho nas provas de rastreio cognitivo. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com o escore do Moca e foram observadas diferenças estatísticas na memória incidental (p=0,049), memória imediata (p=0,019), memória tardia (p=0,007), no desenho do relógio (p=0,037), na fluência verbal semântica (p=0,008), repetição de dígitos (p=0,006), na subtração (p=0,026), linguagem (p=0,001), fluência verbal fonêmica (p=0,05), abstração (p=0,019), evocação tardia (p<0,001) e no escore total do Moca (p<0,001). Conclusão: Quanto maior a idade do paciente com esclerose múltipla, pior o funcionamento cognitivo, principalmente da memória e das funções executivas.
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