Relação entre qualidade do sono materno e estado nutricional infantil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2024.48.14572Palavras-chave:
Sono, Mulheres, Estado Nutricional, Criança, EnfermagemResumo
Objetivo: Analisar a relação entre qualidade do sono materno e estado nutricional infantil. Método: Estudo transversal, realizado com mães e crianças de uma instituição pediátrica privada de um município maranhense, entre março e dezembro de 2020. Os dados coletados levantaram peso, altura e índice de massa corporal infantil, e questões sociodemográficas, perinatais e de qualidade do sono materno. A análise utilizou estatística descritiva e modelos de regressão logística para associações entre características perinatais e estado nutricional infantil quanto à qualidade do sono materno. Resultados: 54,5% das crianças eram do sexo feminino, 80,6% com idade de 6 a 24 meses; 62,4% das mães era casada, com média de idade de 29 anos (DP± 5,7287). Não houve associação significativa entre estado nutricional infantil e má qualidade do sono (p>0,05). Conclusão: Não há relação entre qualidade do sono materno e estado nutricional infantil. Isto é, as mães mau dormidoras não representam risco aumentado para influenciar no estado nutricional infantil inadequado. Implicações para a prática: A utilização do índice de qualidade do sono de Pittsburg, enquanto tecnologia assistencial, colabora na melhoria da assistência à saúde das mães e seus filhos, ampliando as possibilidades de recursos para a atuação da enfermagem.
Referências
Pereira IFS, Andrade LMB, Spyrides MHC, Lyra CO. Estado nutricional de menores de 5 anos de idade no Brasil: evidências da polarização epidemiológica nutricional. Ciência & Saúde Coletiva, [S. l.]. out. 2017;22(10):3.341-3.352. FapUNIFESP (SciELO). DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320172210.25242016
Mendes Alves B, Souza Marques JV, Carvalho Parente C, Souza Marques MV, Nogueira Arcanjo FP, Gomes Cajazeiras K. Estado nutricional de menores de 5 anos de idade em Sobral-ce. Sanare [Internet]. 31 maio 2019 [citado em 18 maio 2023];18(1). Disponível em: https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/1305
Lopes WC, Marques FK, Oliveira CF, Rodrigues JA, Silveira MF, Caldeira AP, Pinho LD. Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Rev Paul Pediatr [Internet]. Jun 2018 [citado 18 maio 2023];36(2):164-170. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004
Null, C, Stewart CP, Pickering AJ, Dentz HN, Arnold BF, Arnold CD, et al. Effects of water quality, sanitation, handwashing, and nutritional interventions on diarrhoea and child growth in rural Kenya: a cluster-randomised controlled trial. The Lancet Global Health, [S. l.]: Elsevier BV. mar. 2018;6(3):316-329. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/s2214-109x(18)30005-6
Biasebetti MBC, Rodrigues ID, Mazur CE. Relação do consumo de vitaminas e minerais com o sistema imunitário: uma breve revisão. Visão Acadêmica. Curitiba. Mar. 2018;19(1). ISSN 1518-836. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/acd.v19i1.57737
Silveira VNC, Padilha LL, Frota MTBA. Desnutrição e fatores associados em crianças quilombolas menores de 60 meses em dois municípios do Estado do Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. [S. l.]. jul. 2020;25(7):2.583-2.594. FapUNIFESP (SciELO). DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020257.21482018
Unicef – Situação mundial da infância 2019. ISBN: 978-92-806-4999-4.
Lopes AF, Frota MTBA, Leone C, Szarfarc SC. Perfil nutricional de crianças no estado do Maranhão. Revista Brasileira de Epidemiologia. [S. l.]: FapUNIFESP (SciELO). 2019;22:1-12. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-549720190008
Ribeiro HLS, Carvalho VP, Petruco ACM, Bersani-amado LE, Amaral WN, Júnior JPM et al. perfil clínico-epidemiológico da sonolência diurna excessiva quanto a sua avaliação por intermédio da aplicação de escalas subjetivas do sono: escala de sonolência de epworth e índice de qualidade do sono de pittsburgh. Revista Uningá. [S. l.]: Editora UNINGA. 31 mar. 2020;57(1):39-50. DOI: http://dx.doi.org/10.46311/2318-0579.57.1.039-050
Barros MBA, Lima MG, Ceolim MF, Zancanella E, Cardoso TAMO. Quality of sleep, health and well-being in a population-based study. Revista de Saúde Pública. [S. l.]: Universidade de São Paulo, Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA). 27 set. 2019;53:82-90. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001067
Biazim SK, Souza DA, Junior HC, Richards K, Valderramas S. Questionário de sono de Richards-Campbell e o questionário do sono em unidade de terapia intensiva: tradução para o português e adaptação transcultural para uso no Brasil. J. bras. pneumol. São Paulo. 1º jun. 2020;46(4):Epub. DOI: https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20180237
Lima AM, Rocha JSB, Reis VMCP, Silveira MF, Caldera AP, Freitas RF et al. Perda de qualidade do sono e fatores associados em mulheres climatéricas. Ciência & Saúde Coletiva. [S. l.]: FapUNIFESP (SciELO). jul. 2019;24(7):2.667-2.678. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018247.19522017
Costa FA. Mulher, Trabalho e família: os impactos do trabalho na subjetividade da mulher e em suas relações familiares. Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas. jul./dez. 2018;3(6). ISSN 2448-0738. Disponível em http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/15986.
Hermes FN, Nunes EE, Melo CM, estado nutricional e hábitos alimentares em crianças: um estudo de revisão. Rev Paul Pediatr [Internet]. 2022 [citado em 19 jul 2023];40. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2022/40/2020479
Sullivan K. Morar com filhos pode significar menos sono para as mulheres, mas não para os homens. American Academy of Neurology. Embargado para liberação até 4 pm et, 26 de fevereiro de 2017. Disponível em: https://www.abstractsonline.com/pp8/#!/4046/
Caetano Y. Grávidas que trabalham à noite têm mais complicações na gestação. out. 2019. Disponível em: http://paineira.usp.br/aun/index.php
Gomes ER, Backes V. Percepção dos pais em relação ao estado nutricional dos seus filhos. Saúde e Desenvolvimento Humano. [S. l.]: Centro Universitario La Salle – Unilasalle. 17 dez. 2018;6(3):39-44. DOI: http://dx.doi.org/10.18316/sdh.v6i3.4731
Faul F, Erdfelder E, Lang AG, Buchner A. G*Power 3: a flexible statistical power analysis program for the social, behavioral and biomedical sciences. Behavior Research Methods. 2007;39:175-191.
Tavares BM, Gigante DP, Ferreira HS, Melendez JGV, Anjos LA, Hasselmann MH et al. Manual de Avaliação Antropométrica do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). Rio de Janeiro; 2019.
Brasil. Caderneta da criança: menino – passaporte da cidadania. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.
Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff, Dartora EG, Miozzo ICS, Barba MEF, Barreto SSM. Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh Sleep Quality Index. Sleep Medicine. [S. l.]: Elsevier BV. jan. 2011;12(1):70-75. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.sleep.2010.04.020.
Demaris A. A Tutorial in Logistic Regression. Journal of Marriage and Family. 1995;57(4):956-968.
IBM Corp. Released 2016. IBM SPSS Statistics for Windows, Version 24.0. Armonk, NY: IBM Corp.
Richter D, Kramer MD, Tang NKY, Downs HEM, Lemola S. Long-term effects of pregnancy and childbirth on sleep satisfaction and duration of first-time and experienced mothers and fathers. Sleep. [S. l.]: Oxford University Press (OUP). 14 jan. 2019;42(4):1-10. DOI: http://dx.doi.org/10.1093/sleep/zsz015
Crittenden AN, Samson DR, Herlosky KN, Mabulla IA, Mabulla AZP, McKenna JJ. Infant co-sleeping patterns and maternal sleep quality among Hadza hunter-gatherers. Sleep Health. 2018;4:527-534. DOI: http://doi.org/10.1016 / j.sleh.2018.10.005
Motta AJ, Lucchese R, Souza R, Machado BL, Júnior V de AG, Bertuol IHR, Leão GCS. Má qualidade do sono em mulheres no período puerperal: Má qualidade do sono em mulheres no período puerperal. Braz. J. Desenvolver. [Internet]. 28 nov. 2022 [citado em 18 maio 2023];8(11):75.233-75.245. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/54695
Sales C, Castanha A, Alessio R. Aleitamento materno: representações sociais de mães em um Distrito Sanitário da cidade do Recife. Arquivos Brasileiros de Psicologia. Rio de Janeiro. 2017;1. ISSN 1809-5267
Rangel TMS. Fatores que influenciam a carreira profissional da mulher após a maternidade. Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2019. Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/12519
Piccinini CA, Polli RG, Bertolini M, Martins GDF, Lopes RCS. Razões maternas para colocar ou não o bebê na creche. Arq. bras. psicol. Rio de Janeiro. dez. 2016;68(3). ISSN 1809-5267
Cardoso L. Metade das mulheres deixa o mercado de trabalho um ano após o início da licença maternidade. Jornal Extra Online. Rio de Janeiro; 8 mar. 2018. Disponível em: https://extra.globo.com/emprego/metade-das-mulheres-deixa-mercado-de-trabalho-umano-apos-inicio-da-licenca-maternidade-22458435.html
Lima AM, Rocha JS, Reis VM, Silveira MF, Caldeira AP, Freitas RF, Popoff DA. Perda de qualidade do sono e fatores associados em mulheres climatéricas. Cienc Amp Saude Coletiva [Internet]. jul 2019 [citado 22 jul 20023];24(7):2.667-2.678. DOI: https:doi.org/10.1590/1413-81232018247.195220177
Troynikov O, Watson CG, Nawaz N. Sleep environments and sleep physiology: A review. J Therm Biol. 2018;78:192-203. DOI:10.1016/j.jtherbio.2018.09.012
Santos AS, Schmidt L, Deon RG. Introdução alimentar: práticas e fatores associados. Revista de Enfermagem FW. 2017;13(13):1-13. Disponível em http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeenfermagem/article/view/2732/2559. Acesso em: 12 ago. 2021.
Lopes WC, Marques FKS, Oliveira CF, Rodrigues JA, Silveira MF, Caldeira AP et al. Alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Revista Paulista de Pediatria, [S. l.]: FapUNIFESP (SciELO). jun. 2018;36(2):164-170. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004
Santos LSF, Silva SCM, Ramos EMLS. Perfil nutricional de crianças de uma escola em Belém, PA. Revista Brasileira Ciências da Saúde – Uscs, [S. l.]: USCS Universidade Municipal de São Caetano do Sul. abr. 2017;15(51):1-10. DOI: http://dx.doi.org/10.13037/ras.vol15n51.4279
Ramos CV, Dumith SC, César JA. Prevalence and factors associated with stunting and excess weight in children aged 0-5 years from the Brazilian semi-arid region. Jornal de Pediatria. [S. l.]: Elsevier BV. mar. 2015;91(2):175-182. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.07.005
Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação – 2021-2023. Porto Alegre: Artmed; 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Contexto & Saúde
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Contexto & Saúde concordam com os seguintes termos:
a) A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação na Revista Contexto e Saúde do(s) artigo(s) aceitos para publicação à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da revista e suas bases de dados de indexação e repositórios, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Isto significa que, ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista Contexto e Saúde e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, os autores têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
b). Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
c). Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d). Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).