Via oral de conforto em pessoas idosas hospitalizadas: Percepção da equipe multiprofissional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14576

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, Transtornos de deglutição, Idoso, Qualidade de vida, Equipe de Assistência ao Paciente

Resumo

Objetivo: Analisar a percepção da equipe multiprofissional sobre o uso da via oral de conforto em pessoas idosas antes e após uma capacitação. Métodos: Estudo transversal e descritivo, de caráter quantitativo, realizado com profissionais da equipe multiprofissional de um Hospital Universitário. Foi aplicado um questionário antes e após capacitação sobre o uso da via oral de conforto. Participaram 21 profissionais de diferentes profissões. Análise estatística com teste Qui-Quadrado de Pearson (nível de significância de 5%). Resultados: A média de idade da amostra foi de 31,86 anos, sendo que a maioria tinha de um a cinco anos de atuação profissional e era da Enfermagem. Na associação entre as respostas pré e pós capacitação, somente a questão que se relaciona com a liberação da alimentação por via oral para um paciente mesmo com risco aspirativo apresentou significância estatística (p=0,003), indicando que a capacitação foi uma ferramenta eficaz, visto que houve um posicionamento favorável ou contrário dos profissionais que haviam assinalado no primeiro questionário não saber responder a questão. Conclusão: A percepção da equipe multiprofissional sobre a VO de conforto em pessoas idosas hospitalizadas revela que esse assunto ainda não é bem difundido e não é um consenso entre a equipe multiprofissional de saúde, havendo dúvidas quanto à sua aplicabilidade na rotina hospitalar. Tais dúvidas podem ser sanadas através de estratégias de educação em saúde adaptadas à realidade da rotina de serviço, como por exemplo, o uso de uma capacitação com banner.

Referências

1Guimarães RM, Andrade FCD. Expectativa de vida com e sem multimorbidade entre idosos brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde: 2013. Revista Brasileira de Estudos de População. 2020;37(e0117):1-15. DOI: https://doi.org/10.20947/S0102-3098a0117

2Xavier JS, Gois ACB, Travassos LCP, Pernambuco L. Frequência de disfagia orofaríngea em idosos institucionalizados: uma revisão integrativa. CoDAS. 2021;33(3):e20200153. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-1782/20202020153

3Guedes LA, Amaral IJL, Pereira LS. Auto percepção da qualidade de vida em pacientes idosos disfágicos hospitalizados. Brazilian Journal of Development. 2022;8(5);41739-41749. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv8n5-588

4Amorim GKD, Silva GSN. Nutricionistas e cuidados paliativos no fim de vida: revisão integrativa. Revista Bioética. 2021;29(3):547-557. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-80422021293490

5Morais SR, Bezerra AN, Carvalho NS, Viana ACC. Nutrição, qualidade de vida e cuidados paliativos: uma revisão integrativa. Revista Dor. 2016;17(2):136-140. DOI: https://doi.org/10.5935/1806-0013.20160031

6González F, Gusenko TL. Características de la alimentación del paciente oncológico en cuidados paliativos. Diaeta. 2019;37(166):32-40. Disponível em: https://bit.ly/3xxE6ba

7Carro CZ, Moreti F, Pereira JMM. Proposta de atuação da Fonoaudiologia nos Cuidados Paliativos em pacientes oncológicos hospitalizados. Revista Distúrbios da Comunicação. 2017;29(1):178-184. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-2724.2017v29i1p178-184

8Gabriel LB, Rossetto EM, Martins VB, Berbert MCB. Aspectos fonoaudiológicos de pacientes em cuidados paliativos. Revista CEFAC. 2021;23(6):e1042. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0216/202123610421

9Cardoso DH, Muniz RM, Schwartz E, Arrieira ICO. Cuidados paliativos na assistência hospitalar: a vivência de uma equipe multiprofissional. Texto & Contexto Enfermagem. 2013;22(4):1134-1141. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000400032

10Cruz NAO, Nóbrega MR, Gaudêncio MRB, Farias TZTT, Pimenta TS, Fonseca RC. O papel da equipe multidisciplinar nos cuidados paliativos em idosos: Uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Development. 2021;7(1):414-434. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-031

11Christmas C, Rogus-Pulia N. Swallowing Disorders in the Older Population. Journal of the American Geriatrics Society. 2019;67(12):2643-2649. DOI: https://doi.org/10.1111/jgs.16137

12Mendes BNN, Christmann MK, Schmidt JB, Abreu ES. Percepção de fonoaudiólogos sobre a atuação na área de cuidados paliativos em um hospital público de Santa Catarina. Audiology - Communication Research. 2022;27:e-2565. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6431R-2021-2565

13Santos LB, Mituuti CT, Luchesi KF. Atendimento fonoaudiológico para pacientes em cuidados paliativos com disfagia orofaríngea. Audiology-Communication Research. 2020;25:e2262. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6431-2019-2262

14Fermino V, Amestoy SC, Santos BP, Casarin ST. Family Health Strategy: nursing care management. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2017;19(a05):1-10. DOI: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v19.42691

15Murphy M, Curtis K, McCloughen A. What is the impact of multidisciplinary team simulation training on team performance and efficiency of patient care? An integrative review. Australasian Emergency Nursing Journal. 2016;19(1):44–53. DOI: https://doi.org/10.1016/j.aenj.2015.10.001

16Costa RMP, Cardinot TM, Oliveira LP. Etapas para validação de instrumentos de avaliação da qualidade de vida. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. 2020;8(8):92-102. DOI: http://dx.doi.org/10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/qualidade-de-vida

17Pereira JP, Mesquita DD, Garbuio DC. Educação em saúde: efetividade de uma capacitação para equipe do ensino infantil sobre a obstrução de vias aéreas por corpo estranho. Revista Brasileira Multidisciplinar. 2020;23(2):17-25. DOI: https://doi.org/10.25061/2527-2675/ReBraM/2020.v23i2Supl..828

Publicado

2025-04-09

Como Citar

Scheuer, M., da Silva, R. M., & Bastilha, G. R. (2025). Via oral de conforto em pessoas idosas hospitalizadas: Percepção da equipe multiprofissional. Revista Contexto & Saúde, 25(50), e14576. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14576

Edição

Seção

Artigo Original