Entendimentos, pressupostos pedagógicos e experiências de educação permanente em saúde no estado do Paraná-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14906Palavras-chave:
Educação em saúde, educação permanente em saúde, educação continuada, aprendizagem ativaResumo
A educação permanente sugere a aquisição contínua de conhecimentos no contexto de trabalho dos profissionais e a partir do seu conhecimento prévio. Este estudo objetiva explorar como a educação permanente em saúde (EPS) vem sendo implementada no Estado do Paraná, na visão dos profissionais que atuam nas regionais de saúde. Trata-se de estudo descritivo com abordagem qualitativa, do qual participaram 23 profissionais envolvidos com EPS, entrevistados on-line no período de julho a setembro de 2021. As entrevistas foram submetidas à análise temática de conteúdo, de maneira que emergiram as seguintes temáticas: do entendimento acerca do que seja a educação permanente em saúde; os pressupostos pedagógicos da educação permanente em saúde; das experiências vivenciadas com a UNA-SUS e PROADI-SUS; dos entraves enfrentados para fazer a educação permanente em saúde. Conclui-se que a vivência dos profissionais que trabalham com a EPS no estado acontece em duas frentes, sendo uma experiência de educação a distância, que tem na plataforma UNA-SUS um ambiente de estudo, em que os profissionais buscam títulos de qualificação em diversas áreas, e a outra que se concentra nas ações desenvolvidas pela Escola de Saúde Pública do Paraná, em conjunto com as regionais de saúde e os municípios, de maneira que existem desafios a serem superados para a afirmação da política no estado.
Referências
1 Lemos FM, Silva GGA. Educação permanente em saúde: o estado da arte. Rev. Interdisciplin. Promoç. Saúde - RIPS, Santa Cruz do Sul, 2018 Jul./Set.; 1(3):207-213.
2 Silva CBG, Scherer MDA. A implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde na visão de atores que a constroem. Interface, Botucatu, 2020; 24:e190840.
3 Silva AL, Santos JS. A Potencialidade da Educação Permanente em Saúde na Gestão da Atenção Básica em Saúde. Saúde em Redes. 2021; 7(2).
4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
5 Carvalho MS, Merhy EE, Sousa MF. Repensando as políticas de Saúde: no Brasil Educação Permanente em Saúde centrada no encontro e no saber da experiência. Interface (Botucatu). 2019; 23: e190211.
6 Gonçalves CB, Pinto ICM, França T, Teixeira CF. A retomada do processo de implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no Brasil. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, 2019 Ago; 43(n. esp. 1):12-23. DOI: 10.1590/010311042019S101.
7 Brasil. UNA-SUS. Conheça a UNA-SUS. Brasília; 2023. [Acesso em: 19 jul. 2023]. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/institucional/unasus.
8 Decit. Departamento de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Ministério da Saúde. Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde. Rev. Saúde Pública, 2011; 45(4):808-811.
9 Proadi-SUS. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). Informações referentes ao triênio 2021-2023. [Acesso em: 19 jul. 2023]. Disponível em: https://hospitais.proadi-sus.org.br/sobre-o-programa.
10 Minayo MCS. O Desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco; 2010.
11 Paraná. Escola de Saúde Pública. Centro Formador de Recursos Humanos. Institucional. Curitiba; 2021.
12 Polit DF, Beck CT. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed; 2011.
13 Bockorni BRS, Gomes AF. A amostragem em snowball (bola de neve) em uma pesquisa qualitativa no campo da administração. Revista de Ciências Empresariais da UNIPAR, Umuarama, 2021 Jan/Jun; 22(1): 105-117.
14 Souza VR, Marziale MH, Silva GT, Nascimento PL. Tradução e validação para a língua portuguesa e avaliação do guia COREQ. Acta Paul Enferm. 2021; 34: eAPE02631. DOI http://dx.doi.org/10.37689/actaape/2021AO02631.
15 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília; 2012.
16. Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Ofício Circular Nº 2/2021/Conep/SECNS/MS. Brasília; 2021.
17 Ministério da Saúde (BR). Manuais para o fortalecimento das residências em saúde. Ministério da Saúde, Universidade Federal de Goiás. Brasília: Ministério da Saúde; 2022. [Acesso em: 26 out. 2023]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gestao_administrativa_programa_residencia_profissional.pdf.
18 Ferreira L, Barbosa JSA, Esposti CDD, Cruz MM. Educação Permanente em Saúde na atenção primária: uma revisão integrativa da literatura. Saúde em Debate, 2019; 43(120): 223-239. [Acesso em: 23 abr. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201912017.
19 Souza RMP, Costa PP. Educação Permanente em Saúde na formação da Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública. Saúde Debate, Rio de Janeiro, 2019; 43(n. especial 1):116-126, ago. [Acesso em: 19 jul. 2023]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/ZF8GgM4MQjZVKskXS8BdGmN/?format=pdf&lang=pt.
20 Leal LB, Pereira KLA, Negreiros ALB, Pequeno AMC, Lima GP, Negreiros FDS. et al. Método ativo problematizador como estratégia para formação em Rev. enferm. UFPE on line; 2018 Abr; 12(4):1139-1143.
21 Marques HR, Campos AC, Andrade DM, Zambalde AL. Inovação no ensino: uma revisão sistemática das metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, 2021 Nov; 26(3):718-741. [Acesso em: 19 jul. 2023]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/C9khps4n4BnGj6ZWkZvBk9z/?format=pdf&lang=pt.
22 Ferraz RM, Kron-Rodrigues MR, Galvão HM, Araújo CLO. Metodologias ativas e o ensino tecnicista na saúde: a prática docente. Nursing, 2021; 24(281). [Acesso em: 24 abr. 2022]. Disponível em: http://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/revistanursing/article/view/1979/2403.
23 Ferreira GI. Formação profissional em Saúde: aplicação do Arco de Maguerez no processo de ensino-aprendizagem. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 2019; 23:e180020. [Acesso em: 25 abr. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/Interface.180020.
24 Mazzo DM, Schleder JC. O uso do e-learning como estratégia de educação permanente para fisioterapeutas atuantes em um hospital público. R. Saúde Públ. 2018 Dez;1(2):161-167.
25 Neves, BL, Silva, CVS, Silva, NR, Ferreira, MGS, Prudêncio, RCF, Silva, RC. A importância da educação a distância e das tecnologias para a capacitação dos profissionais da saúde na atuação à covid-19. CIET – Congresso Internacional de Educação e Tecnologias. EnPED – Encontro de Pesquisadores em Educação à Distância. Ressignificando a presencialidade. São Carlos/SP; 2020. p. 1-10.
26 Moraes LH, Angulo-Tuesta A, Funghetto SS, Rehem TCMSB. Impacto das pesquisas do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde. Saúde em Debate, 2019; 43(n. esp. 2):63-74. [Acesso em: 12 abr. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042019S205.
27 Santos JA. Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS): reconfiguração das relações público-privada e avanço da filantropia mercantil no setor da saúde. 210f. Tese (doutorado). Programa de Pós-graduação em Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo; 2022. [Acesso em: 19 jul. 2023]. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-07022022-171929/pt-br.php.
28 Pontes HJC, Coutinho ML, Santos MR. As escolas estaduais de saúde pública: contribuições pedagógicas e político institucionais para o SUS. Brasília, DF: Conselho Nacional de Secretários de Saúde; 2020. 96 p. (Conass Documenta; v. 35). [Acesso em: 13 maio 2021]. Disponível em: https://www.conass.org.br/biblioteca/download/7955/.
29 Cardoso MLM, Costa PP, Costa DM, Xavier C, Souza RMP. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde nas Escolas de Saúde Pública: reflexões a partir da prática. Ciência & Saúde Coletiva, 2017; 22(5):1489-1500. [Acesso em: 7 dez. 2020]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.33222016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Contexto & Saúde
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Contexto & Saúde concordam com os seguintes termos:
a) A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação na Revista Contexto e Saúde do(s) artigo(s) aceitos para publicação à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da revista e suas bases de dados de indexação e repositórios, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Isto significa que, ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista Contexto e Saúde e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, os autores têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
b). Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
c). Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d). Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
