Contextos de estresse parental na unidade de terapia intensiva neonatal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14950

Palavras-chave:

Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Recém-Nascido, Estresse Psicológico, Enfermagem Neonatal

Resumo

Este estudo teve como objetivo (re)conhecer as situações estressoras de pais no contexto da unidade de terapia intensiva neonatal. Trata-se de estudo misto realizado em duas unidades de terapia intensiva neonatal. Participaram da entrevista treze pais e/ou mães de recém-nascidos e os dados quantitativos foram coletados pela escala parental Stress scale: neonatal intensive care unit. Para a análise temática foi utilizado Bardin. Os dados resultaram em quatro categorias temáticas e uma tabela falante que integra os dados de abordagem quantitativa e qualitativa. O estresse é presente pelas duas facetas metodológicas de análise com ênfase ao domínio papel de pai e mãe, com maior média de score. Os achados reforçam a necessidade de promover uma assistência singular ao recém-nascido, levando em consideração a família. Além da comunicação eficiente, promover e fortalecer a corresponsabilização dos pais pelo cuidado, respeitar os princípios familiares são essenciais para a recuperação e reabilitação do neonato.

Referências

1Marchetti D, Moreira MC. Vivências da prematuridade: a aceitação do filho real pressupõe a desconstrução do bebê imaginário? Rev. Psicol. Saúde. 2015 [citado em 20 jan. 2021];7(1). p. 82-89, jun./2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2015000100011#:~:text=Atrav%C3%A9s%20das%20verbaliza%C3%A7%C3%B5es%2C%20pode%2Dse,o%20quadro%20cl%C3%ADnico%20do%20beb%C3%AA.

2Tamez RN. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2017. 408 p.

3da Silva AG, Cardoso AS, de Oliveira CB, de Moura HO. Principais causas de internações em uma unidade neonatal no extremo Norte do Brasil. Braz. J. Hea. Rev. 2020; 3(5). p. 12416-12430. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv3n5-086

4Moura BLA, Alencar GP, da Silva ZP, de Almeida MF. Fatores associados à internação e à mortalidade neonatal em uma coorte de recém-nascidos do Sistema Único de Saúde, no município de São Paulo. Rev Bras Epidemiol. 2020; 23: e200088 doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720200088

5World Health Organization – WHO. Preterm birth. 2018; [cited 2021 jan. 21]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth.

6Ministério da Saúde (BR). DATASUS. TABNET. Estatísticas Vitais. Nascidos Vivos desde 1994 [Internet] [citado em 21 jan. 2021]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/nascidos-vivos-desde-1994.

7Maia LTS, de Souza WV, Mendes ACG. Determinantes individuais e contextuais associados à mortalidade infantil nas capitais brasileiras: uma abordagem multinível. Cad. Saúde Pública. 2020; 36(2):e00057519. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00057519

8Beleza LO, Ribeiro LM, Paula RAP, Guarda LEDA, Vieira GB, Costa KSF. Perfil de recém-nascidos de risco atendidos por enfermeiros em seguimento ambulatorial: estudo de coorte retrospectiva. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2019;27:e3113. doi: https://doi.org/10.1590/1518-8345.2301.3113

9Brasil, Ministério da Saúde. Método canguru: diretrizes do cuidado. 1. ed. Brasília: ministério da saúde; 2019. p. 5-77.

10Exequiel NP, Milbrath VM, Gabatz RIB, Vaz JC, Hirschmann B, Hirschmann R. Vivências da família do neonato internado em unidade de terapia intensiva. Rev. Enferm. Atual In Derme. 2019; 88(27). doi: https://doi.org/10.31011/reaid-2019-v.89-n.27-art.466

11Pinheiro MR, Carr AMG. A eficácia do método mãe canguru em comparação aos cuidados convencionais em uma UTI neonatal. Braz. J. Hea. Rev. 2019 [citado em 21 jan. 2021];2(2). p. 1039–1048. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/1295.

12Uema RTB, Rodrigues BC, Rissi GP, Felipin LCS, Shibukawa BMC, de Lima MF, et al. Fatores estressores em unidade de terapia intensiva neonatal: percepções familiares. Rev. Enferm. Atual In Derme. 2020;93(31). doi: https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v.93-n.31-art.797

13Fróes GF, Mendes ENW, Pedroza GA, Cunha MLC. Estresse experimentado por mães de recém-nascidos pré-termo em unidade de terapia intensiva. Rev Gaúcha Enferm. 2020;41(esp):e20190145. doi: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190145

14Anominondas KC, Santos AMD, Martins CCF, Alves KYA, Oliveira LV. A vivência de pais de recém-nascidos prematuros internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Recien. 2021; 11(35):309-316. doi: https://doi.org/10.24276/rrecien2021.11.35.309-316

15de Souza SR, Dupas G, Balieiro MMFG. Adaptação cultural e validação para a língua portuguesa da Parental Stress Scale: Neonatal Intensive Care Unit (PSS:NICU). Acta Paul. Enferm. 2012;25(2):171-6. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-21002012000200003

16Fontanella BJB, Ricas J, Turato ER. Amostragem por saturação em pesquisa qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cad. Saúde Pública. Jan. 2008;24(1). p. 17-27. doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003

17Bardin L. Análise de conteúdo. 1. ed. Reto LA, Pinheiro A, tradutores. São Paulo: Edições 70; 2016. 279 p.

18Jantsch LB, Neves ET. “Tabela falante” como estratégia de integração de dados em uma pesquisa de métodos mistos. Esc Anna Nery. 2023;27:e20220029. doi: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0029pt

19Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000. Diário Oficial da União [Internet]. 5 jul. 2000 [citado em 21 jan. 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2000/prt0693_05_07_2000.html#:~:text=1%2D%20O%20%22M%C3%A9todo%20Canguru%22,cuidado%20ao%20seu%20rec%C3%A9m%2Dnascido.

20Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 930, de 10 de maio de 2012. Define as diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União [Internet]. 10 maio 2012 [citado em 21 jan. 2021]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html.

21Rocha ALS, Dittz ES. As repercussões no cotidiano de mães de bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no isolamento social devido à COVID-19. Cad. Bras. Ter. Ocup. 2021;29,e2158. doi: https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO2158

22Gomes AGA, Carvalho MFO. A perspectiva do paciente sobre a experiência de internação em UTI: revisão integrativa de literatura. Rev. SBPH [internet]. 2018 [citado em 25 maio 2022];21(2). p. 167-185. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582018000200010&lng=pt&nrm=iso.

23Soares LG, Soares LG, Decesaro MN, Higarasho IH. Percepção das famílias sobre o acolhimento no contexto neonatal durante um processo de intervenção. Rev Fun Care Online. 2019; 11(1):147-153. doi: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2019.v11i1.147-153

24Salomè S, Mansi G, Lambiase CV, Barone M, Piro V, Pesce M. Impact of psychological distress and psychophysical wellbeing on posttraumatic symptoms in parents of preterm infants after NICU discharge. Ital. J. Pediatr. 2022;48(13). doi: https://doi.org/10.1186/s13052-022-01202-z

25Kegler JJ, Neves ET, da Silva AM, Jantsch LB, Bertoldo CS, da Silva JH. Estresse em pais de recém-nascidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Esc Anna Nery. 2019;23(1):e20180178. doi: https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2018-0178

26de Azevedo KF, Vivian AG. Maternal representations about the imaginary baby in the context of high risk pregnancy. Revista da SPRGS: diaphora. Jan/jun 2020 [citado em 17 jun. 2022]; 9(1): p. 34-40, Disponível em: http://www.sprgs.org.br/diaphora/ojs/index.php/diaphora/article/view/182/194.

27Araya AA, Pacheco OS, Sepúlveda JD. Nivel de estrés en padres de niños hospitalizados en unidades críticas pediátricas y neonatales. Cienc enferm. 2019;25(18). doi: http://dx.doi.org/10.4067/s0717-95532019000100214

28Domínguez-Martínez V, Cortés-Escárcega I. Adaptación cultural y validación de Parental Stressor Scale: Neonatal Intensive Care Unit en padres mexicanos. Enferm. univ. 2019;16(4). doi: https://doi.org/10.22201/eneo.23958421e.2019.4.641

29Mause L, Hoffmann J, Reimer A, Dresbach T, Horenkamp-Sonntag D, Klein M, et al. Trust in medical professionals and its influence on the stress experience of parents of premature infants. Acta Paediatr. 2022 Mar;111(3):527-535. doi: https://doi.org/10.1111/apa.16187

30Varma JR, Nimbalkar SM, Patel D, Phatak AG. The Level and Sources of Stress in Mothers of Infants Admitted in Neonatal Intensive Care Unit. Indian J Psychol Med. 2019;41(4):338-342. doi: https://doi.org/10.4103/ijpsym.ijpsym_415_18

31Montanhaur CD, Rodrigues OMPR, Arenales NG. Saúde emocional materna e tempo de internação de neonatos. Aletheia. 2021;54(1). p. 55-63. doi: http://dx.doi.org/10.29327/226091.54.1-6

32Cheng C, Franck LS, Ye XY, Hutchinson SA, Lee SK, O’Brien K. Evaluating the effect of Family Integrated Care on maternal stress and anxiety in neonatal intensive care units. J Reprod Infant Psychol. 2021 Apr;39(2). p. 166-179. doi: https://doi.org/10.1080/02646838.2019.1659940

33da Fonseca SA, Silveira AO, Franzoi MAH, Motta E. Cuidado centrado na família na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN): experiências de enfermeiras. Enfermería (Montevideo). 2020; 9(2). p. 170-190. doi: https://doi.org/10.22235/ech.v9i2.1908

Downloads

Publicado

2025-02-17

Como Citar

Alves, T. F., Limberger, D. C., Hausen, C. F., da Silva, J. C., de Souza, N. S., & Jantsch, L. B. (2025). Contextos de estresse parental na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Contexto & Saúde, 25(50), e14950. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14950

Edição

v. 25 n. 50 (2025): 2025

Seção

Artigo Original

Licença

Copyright (c) 2025 Revista Contexto & Saúde

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam na Revista Contexto & Saúde concordam com os seguintes termos:

a) A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação na Revista Contexto e Saúde do(s) artigo(s) aceitos para publicação à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da revista e suas bases de dados de indexação e repositórios, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Isto significa que, ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista Contexto e Saúde e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, os autores têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.

b). Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

c). Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

d). Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).