Internações intensivas por neoplasias no Brasil: Análise da série história de 2001 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.15094Palavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva, Hospitalização, NeoplasiasResumo
O objetivo do estudo foi analisar a magnitude das taxas de internação intensiva por neoplasia no Brasil, segundo diagnóstico de internação, regiões, sexo e faixa etária no período de 2001 a 2020. Método: Estudo ecológico de séries temporais, que analisou as taxas de internação em unidade de terapia intensiva pelo Sistema Único de Saúde por neoplasias. As taxas foram padronizadas e analisadas de maneira descritiva e por meio da análise de tendência. Resultados: Em 20 anos, houve aumento nas taxas para todos os Estados. O Brasil e as Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste não apresentaram tendência, já o Norte e Nordeste apresentaram crescimento. A população acima dos 60 anos apresenta as maiores taxas de internação. Ambos os sexos apresentaram tendência crescente, a razão entre eles decresceu. Entre as neoplasias, as malignas de órgãos digestivos prevaleceram. Conclusão: Observou-se crescimento das taxas de internações intensivas oncológicas no país, sem identificação de tendência, relacionada à extensa série histórica. São necessários mais estudos que descrevam as internações intensivas no Brasil, a fim de contribuir para a criação de estratégias de redução da hospitalização e diminuição de gastos.
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