Perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes com Leishmaniose Visceral no sudoeste do Maranhão - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.15097Palavras-chave:
Leishmaniose Visceral, Epidemiologia, Perfil Clínico, Perfil Terapêutico, Prevenção & ControleResumo
Introdução: Estima-se que a incidência de Leishmaniose Visceral Humana (LVH) no Brasil seja de 400.000 casos/ano e o número de óbitos flutue entre 20.000 e 40.000/ano. Este dado traduz uma expansão acelerada da doença nas últimas três décadas. Essa elevação associa-se ao fenômeno denominado de urbanização, que alterou sua epidemiologia no decorrer do tempo, evidenciado pela maioria dos casos acontecerem nas grandes cidades. Logo, urge-se por estudos quantitativos acerca dos aspectos referentes à efetividade das políticas de saúde pública, principalmente no que diz respeito a prevenção, diagnóstico e terapêutica. Esta pesquisa tem por objetivo caracterizar, numericamente, a região sudoeste do maranhão quanto aos casos de LVH. Métodos: A pesquisa teve propriedade de estudo descritivo, transversal e retrospectivo dos casos de LVH, nos dezesseis municípios que compõem a macrorregião da 10ª Unidade Gestora da Regional de Saúde do Maranhão, no período de 2009 a 2018. Por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi possível obter os dados. Resultados: Durante o período da pesquisa, obteve-se o número de 623 notificações de LVH nos dezesseis municípios que compõem a macrorregião, sendo a grande maioria composta por casos novos (95%) e taxa de incidência de 1,15 casos /100.000 habitantes nos 10 anos analisados. Conclusões: Portanto, faz-se necessário uma atuação eficiente por parte da vigilância epidemiológica, uma vez que esta possui a atribuição de executar estratégias de controle e prevenção de endemias como a Leishmaniose.
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