EXCITOTOXICIDADE GLUTAMATÉRGICA NA DOENÇA DE HUNTINGTON
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2016.31.96-103Palavras-chave:
Glutamato, Neurotransmissão Glutamatérgica, Doença de Huntington.Resumo
O glutamato por ser um dos aminoácidos mais abundante no sistema nervoso central (SNC), desempenha o papel de principal neurotransmissor excitatório. Dessa forma, a presente revisão busca avaliar a relação do glutamato no desenvolvimento da Doença de Huntington através do processo de excitotoxicidade, envolvendo o seu mecanismo de ação, receptores e transportadores glutamatérgicos associados. Para isso, realizou-se uma revisão da literatura nas bases de dados BVS, SciELO e Google Acadêmico. Foram separados 53 artigos, sendo selecionados 25. Os demais artigos foram excluídos por não abordarem a temática pretendida. A Doença de Huntington (DH) é uma doença de poliglutaminas causada por uma mutação no gene codificador da proteína Huntingitna. A Huntingtina mutada irá promover uma série de alterações, desde a superestimulação dos receptores NMDA até o comprometimento na regulação dos transportadores de glutamato GLT1, GLAST e baixos níveis de EAAC1. Desta forma, conduzindo ao processo de neurodegeneração através da excitotoxicidade pelos níveis aumentados de Glutamato. A complexidade dos múltiplos mecanismos que levam à neurodegeneração observada na DH, contribuem para a falta de interesse em pesquisas nesta patologia, bem como a busca de tratamentos eficazes. Deste modo, seria necessário atuar simultaneamente em todos os níveis da fisiopatologia para adquirir conhecimentos mais específicos nos mecanismos de neurodegeneração, sobretudo a excitotoxicidade pelo glutamato.
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