ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES EM USO DE VARFARINA: UMA REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2017.32.134-143Palavras-chave:
Anticoagulantes. Varfarina. Acompanhamento Farmacoterapêutico.Resumo
Introdução: A varfarina é um dos anticoagulantes orais (ACO) mais utilizados na atenção primária a saúde. Com janela terapêutica estreita, exibe grande variabilidade de resposta farmacológica, e grande suscetibilidade de eventos adversos, como sangramentos e tromboembolismo venoso. Objetivos: realizar uma revisão da literatura sobre o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes ambulatoriais em uso de varfarina. Método: Trata-se de um estudo de revisão. As palavras-chaves usadas para a seleção dos artigos foram: Varfarina, Acompanhamento, Farmácia Clínica, Anticolagulantes orais. Resultados: O uso de varfarina está associado com eventos adversos, sendo a mais frequentes as hemorragias, que podem ser prevenidas com monitorização do INR. A monitoração da coagulação sanguínea é de extrema importância para controlar a eficácia e a adesão do paciente ao tratamento com o anticoagulante. Em um ambulatório multiprofissional para pacientes em tratamento com varfarina identificou-se um aumento do percentual de pacientes com INR na faixa terapêutica com o prolongamento do tempo de acompanhamento no ambulatório. Pacientes atendidos em clínicas de anticoagulação tendem a apresentar mais valores de INR na faixa terapêutica variando de 60 a 88%. Outro resultado importante relacionado com as clínicas foi a menor frequência de INRs supra terapêuticos e maior tempo na faixa terapêutica. Além disso, o acompanhamento por farmacêutico pode resultar em menores custos de cuidados e de eventos adversos relacionados com a anticoagulação, admissões hospitalares e busca por serviços de emergência. Quando os ACO são administrados por farmacêuticos, parece haver um tempo mais curto para estabilização da terapia e uma maior percentagem de tempo no intervalo terapêutico, bem como uma diminuição da frequência de erros de medicação, maior tempo na faixa de INR terapêutico, e redução das principais interações medicamentosas.
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