Estilos de olericultura na Região Metropolitana de Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2022.58.11494Palavras-chave:
Agricultura Familiar;, Desenvolvimento Rural;, Sociologia do Desenvolvimento;, Mercados;, Relação Sociedade-Natureza;Resumo
O objetivo deste trabalho é identificar e discutir as diferentes práticas de desenvolvimento rural mobilizadas pelos
olericultores familiares, a fim de poder construir uma síntese dos possíveis caminhos de desenvolvimento que se
expressam por meio desses atores. Para tanto, este trabalho se valerá do conceito estilos de agricultura para analisar
as práticas produtivas de olericultores familiares situados na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A pesquisa foi
baseada em dados primários, secundários e em referencial bibliográfico sobre o tema. A ferramenta metodológica
principal para o trabalho de campo foi a entrevista semiestruturada, organizada por um roteiro. Em síntese, a dependência como perda de controle (e poder) dos agricultores familiares em relação aos atores externos à unidade de
produção familiar não significa um processo unidirecional nem linear. As práticas de autonomia encontradas empiricamente sugerem distintas práticas de afastamentos aos valores e normas incrustados no projeto de modernização e mercantilização da agricultura. Assim, as práticas elencadas e discutidas configuram o espaço de manobra, o universo de possibilidades empiricamente constatado, de maneira que é possível, enfim, afirmar a existência de estilos de olericultura. Os estilos de olericultura nos ensinam que os caminhos do desenvolvimento da olericultura na RMC perpassam pela compreensão das distintas práticas que as famílias constroem, a partir de suas lógicas familiares, das relações com mercados e outros atores e em sua relação com a natureza.
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