Práticas de Tecnologia Social de uma Associação Comunitária no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2022.58.11068Palabras clave:
Tecnologia Social, Comunidade, Associação ComunitáriaResumen
Este estudo discute as práticas de Tecnologia Social da Associação Comunitária do Distrito de Taquaras (ACDT), no Estado Santa Catarina, Brasil. Para tanto, analisa os aspectos teóricos de Tecnologia Social (TS) e de Comunidade. Com base nos escritos de autores que compõem a Rede de Tecnologia Social (RTS), foram definidas as categorias da Tecnologia Social para o escrutínio da experiência comunitária da ACDT. A metodologia utilizada foi o estudo de caso qualitativo, com enfoque descritivo, a partir da revisão da literatura. Os instrumentos de pesquisa contam com entrevistas semiestruturadas e documentais com os gestores e associados da ACDT. Entre os resultados foi possível observar que a Associação em estudo é composta por grande parte da comunidade, que participa ativamente das atividades e, portanto, da vida cotidiana da Associação. A partir da análise da literatura existente acerca do tema e conforme revelado pela presença (em maior ou menor intensidade) dos sete elementos constitutivos da TS, ficou evidenciada a prática de Tecnologia Social nas ações comunitárias da ACDT.
Citas
ANDION, C.; SERVA, M. Por uma visão positiva da sociedade civil: uma análise história da sociedade civil organizada no Brasil. Cayapa – Revista Venezolana de Economía Social, v. 4, n. 7, p. 7-24, 2004.
AVELINO, F. et al. Translocal empowerment in transformative social innovation networks. Journal of European Planning Studies, v. 28, n. 5, p. 955-977, 2020.
CARDOSO, Univaldo Coelho; CARNEIRO, Vânia Lúcia Nogueira; RODRIGUES, Edna Rabêlo Quirino. Associação Série Empreendimentos Coletivos. Brasília: Sebrae, 2014.
CASAGRANDE, J. L. A relação da práxis de comunidade orgânica nas organizações com sua performance e com a qualidade de vida de seus trabalhadores: um estudo de caso numa empresa de Santa Catarina. 2002. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002
CRESWELL, J. W Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
DAGNINO, R. et al. Suleando a retomada com tecnociência social. Florianópolis: Insular, 2018 (Série Tecnologia social, v. 6).
DAGNINO, R. Tecnologia social: contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande, PB: EDUEPB; Florianópolis, SC: Ed. Insular, 2009.
DAGNINO, R. Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: Unicamp, 2014.
DAGNINO, R.; THOMAS, H. Planejamento e políticas públicas de inovação: em direção a um marco de referência Latino-Americano. Planejamento e Políticas Públicas – PPP, n. 23, jun. 2001.
DIAS, R.; NOVAES, H. Contribuições da economia da inovação para reflexão acerca da Tecnologia Social. Florianópolis: Insular, 2014.
DUCOMBE, C.; SMIT, R. Culture, diversity and technology. In: KALTOFEN, C.; CARR, M.; ACUTO, M. (ed.). Technologies of International Relations. Basingstoke, Reino Unido: Palgrave Macmillan, 2019.
EISENHARDT, K. M. Building theories from case study research. The Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p. 532-550, out. 1989.
EPAGRI. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Morango longe do solo. Agropecuária Catarinense, v. 31, n. 2, maio/ago. 2019.
FONSECA, R. Ciência, tecnologia e sociedade. In: REDE DE TECNOLOGIA SOCIAL – RTS (Brasil) (org.). Tecnologia social e desenvolvimento sustentável: contribuições da RTS para a formulação de uma Política de Estado de ciência, tecnologia e inovação. Brasília, DF: Secretaria Executiva da Rede de Tecnologia Social (RTS), 2010.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FRANZONI, G. B. Inovação social e tecnologia social: o caso da cadeia curta de agricultores familiares e a alimentação escolar em Porto Alegre/RS. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015.
FREITAS, C.; SEGATTO, A. Ciência, tecnologia e sociedade pelo olhar da tecnologia social: um estudo a partir da teoria crítica da tecnologia. Cadernos EBAPE.BR, v. 12, n. 2, art. 7, abr./jun. 2014.
GLASER, B.; STRAUSS, A. The discovery of grounded theory. New York: Aldene de Gruyter, 1967.
GOERCK, C. et al. Cartilha do associativismo. 2015. Disponível em: http://w3.ufsm.br/estudosculturais/arquivos/incubacaocartilhas/CARTILHA%20ASSOCIATIVISMO.pdf. Acesso em: 9 abr. 2019.
GUZMÁN TOVAR, C. “Las ciencias sociales en América Latina desde las trayectorias y las experiencias científicas de sus investigadores”. Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Sociedad – CTS, v. 14, n. 41, p. 9-39, 2019.
ITS. Instituto de Tecnologia Social. Caderno Tecnologia Social: conhecimento e cidadania 1: Tecnologia Social, 2019a. Disponível em: http/::www.itsbrasil.org.br:sites:itsbrasil.w20.com.br:files:Digite_o_texto:Caderno_Serie_Conhecimento_e_Cidadania_-_Tecnologia_social_-_1.pdf. Acesso em: 23 maio 2019.
ITS. Instituto de Tecnologia Social. Declaração das ONGs: ciência e tecnologia com inclusão social. 2019b. Disponível em: http://www.itsbrasil.org.br/publicacoes/caderno/caderno-declaracao-das-ongs-ciencia-e- tecnologia-com-inclusao-social. Acesso em: 12 abr. 2019.
LOEBENS, B. Economia agrícola familiar e a centralização do capital. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.
LUKOVICS, M.; FISHSER, E. Socio-technical integration research in an Eastern European setting: distinct features, challenges and opportunities. Society and Economy, v. 39, n. 4, p. 1-28, out. 2017.
LUKOVICS, M. et al. Responsible research and innovation in contrasting innovation environments: Socio-Technical Integration Research in Hungary and the Netherlands. Technology in Society, v. 51, 2018.
MARRACH, L. Comunidade e sociedade: conceito e utopia. Raízes, a. XVIII, n. 20, p. 50-53, 1999.
MDA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br. Acesso em: 15 jun. 2019.
MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: http://www.mds.gov.br. Acesso em: 23 maio 2019.
MELLO, C. Trabalho, tecnologia e solidariedade. Florianópolis: Insular, 2018.
MENDOLA, W. Social work, social technologies, and sustainable community development. Journal of Technology in Human Service, v. 37, n. 2-3, 2019.
MOCELLIM, A. A comunidade: da sociologia clássica à sociologia contemporânea. Plural, Revista do Programa de Pós‑Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 105‑125, 2011.
NOVAES, H. T. Beyond appropriation of the means of production the socio-technical adequation process in recovered firms. 2005. 223 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências, Campinas, SP, 2005.
NOVAES, H. O fetiche da tecnologia. Organizações e Democracia, v. 5, n. 2, 2004.
ONU. Organização das Nações Unidas Brasil. Conheça os novos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 2019. Disponível: https://nacoesunidas.org/conheca-os-novos-17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-da-onu/
RUTKOWSKI, J.; LIANZA, S. Sustentabilidade de empreendimentos solidários: que papel espera-se da tecnologia. In: LASSANCE JR, A. et al. Tecnologia social: uma estratégia para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundação Banco do Brasil, 2008.
RUTKOWSKI, J. E.; RUTKOWSKI, E. W. Expanding worldwide urban solid waste recycling: the Brazilian social technology in waste pickers inclusion. Waste Management & Research, v. 33, n. 12, p. 1.084-1.093, 2015.
SANTOS, R. A. Busca de uma participação social para além da avaliação de impactos da ciência-tecnologia na sociedade: sinalizações de práticas educativas CTS. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2016.
SANTOS, R. A.; AULER, D. Práticas educativas CTS: busca de uma participação social para além da avaliação de impactos da Ciência-Tecnologia na Sociedade. Revista Ciência & Educação, v. 25, n. 2, 2019.
SCHMIDT, J. Comunidade e comunitarismo: considerações sobre a inovação da ordem sociopolítica. Ciências Sociais, Unisinos, v. 47, n. 3, 2011.
STRAUSS, A.; CORBIN, J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre: ArtMed, 2008.
THOMAS, H. Políticas tecnológicas y tecnologías políticas: dinámicas de inclusión, desarrollo e innovación en América Latina. In: THOMAS, H.; ALBORNOZ, M. B.; PICABEA, F. (org.). Bernal: Universidad Nacional de Quilmes, 2015.
THOMAS, H.; FRESSOLI, M. En búsqueda de una metodología para investigar tecnologías sociales. Campinas: Editora Kacco, 2009.
TONNIES, F. Comunidade e sociedade como entidades típico-ideais. In: FERNANDES, F. Comunidade e sociedade. São Paulo: Nacional, 1973.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
VINUTO, J. A. Amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014.
WELLMAN, Barry; BERKOWITZ, S. D. (org.). Social Structures. A Network Approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.
WUERGES, E. Empoderamento e conflitos em experiências de planejamento e ações de desenvolvimento: um estudo de caso no município de Rancho Queimado, SC. 2005. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
YIN, K. R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Desenvolvimento em Questão
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).