Aspectos Socioambientais da Produção de Álcool e Cachaça no Noroeste–Missões do Rio Grande do Sul

Autores

  • Sérgio Inácio Jung Faculdade de Direito Santo Ângelo (FADISA)
  • Sandra Beatriz Vicenci Fernandes Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijui
  • Leonir Terezinha Uhde Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijui

DOI:

https://doi.org/10.21527/2237-6453.2015.29.257-288

Palavras-chave:

Gestão de resíduos de cana, Vinhaça, Impactos ambientais.

Resumo

A produção de aguardente e de álcool hidratado na região Noroeste-Missões do RioGrande do Sul é responsável pela dispersão de efluentes líquidos, representados pela vinhaça e sólidos oriundos do bagaço da cana, além das cinzas resultantes de sua combustão para geração de energia térmica, tanto em uma usina como em destilarias. O objetivo deste trabalho é caracterizar a gestão dos resíduos resultantes da produção semi artesanal de aguardente e industrial de álcool, identificando os riscos ambientais potenciais decorrentes das etapas dos processos produtivos. Discute também a gama de alternativas de gestão destes resíduos pelos estabelecimentos produtores da região Noroeste-Missões do Rio Grande do Sul, em conformidade com os requisitos legais. O estudo caracteriza-se como pesquisa de caráter exploratório, aplicada e descritiva, envolvendo pesquisa de campo, documental e bibliográfica. Os potenciais impactos foram acessados por entrevista com os responsáveis por destilarias e uma usina, em 24 municípios da região. O trabalho descreve as características da região produtora de cana-de-açúcar, as principais etapas do processo produtivo de aguardente e de álcool combustível e os potenciais impactos ambientais. A vinhaça representa o maior potencial de gerar danos ambientais e, também, uma grande possibilidade de atenuação, pelo emprego como biofertilizante. O mesmo ocorre com a utilização de resíduos sólidos, tanto bagaço e cinzas, quanto matérias-primas alternativas em diversos processos, em curso nas destilarias da região. Conclui-se que há um conjunto de possibilidades viáveis para o uso da vinhaça e do bagaço da cana-de-açúcar, que podem representar a atenuação de impactos ambientais, inclusive capazes de gerar ganhos ambientais de grande relevância e atender os pressupostos da sustentabilidade ambiental.

Biografia do Autor

Sérgio Inácio Jung, Faculdade de Direito Santo Ângelo (FADISA)

Mestre em Desenvolvimento pela Unijuí. Professor da Faculdade de Direito de Santo Ângelo-RS

Sandra Beatriz Vicenci Fernandes, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijui

Doutora em Ciências do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí.

Leonir Terezinha Uhde, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijui

Doutora em Ciências do Solo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do Departamento de Estudos Agrários da Unijuí.

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Publicado

2015-01-29

Como Citar

Jung, S. I., Fernandes, S. B. V., & Uhde, L. T. (2015). Aspectos Socioambientais da Produção de Álcool e Cachaça no Noroeste–Missões do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento Em Questão, 13(29), 257–288. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2015.29.257-288

Edição

Seção

Artigos