The perception of haitian migrants located in the franco-brazilian border region about citizenship

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21527/2317-5389.2024.23.15380

Keywords:

haitian migration, border, citizenship, work

Abstract

Brazil, since 2010, for thousands of Haitians has become a space for transnational mobility, whether as a route of passage or stay, and since then the flow of migration has been continuous. In addition to geographic borders, migration crosses cultural, symbolic and linguistic borders, which favor the contact of very different individuals and cultures. The interaction promoted by transit between nations also reveals different ways of life of migrants that do not always fit the standard and institutional models of the country in which they are located. The article aims to analyze the perception of Haitian migrants located in the Franco-Brazilian border region about citizenship. The research is justified because the understanding of what their rights would be does not seem to involve the dimension of citizenship defined in Brazil. In view of the life project of Haitians and the dynamics of mobility, the relationship with citizenship and access to public spaces that involve participation, deliberation and demands are often restricted to opportunities: opportunities for work and free movement between territories. The hypothesis is that rights, for migrants, seem to acquire another aspect, more simplified than the understanding of citizenship known to Brazilians. The ethnographic research was carried out in Oiapoque-AP, based on bibliographical research.

 

References

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

AGIER, Michel. Eis aí o homem. Encontros etnográficos: interação, contexto, comparação. Alagoas: Unesp, 2015. p. 8-16.

ALBUQUERQUE, José Lindomar. A dinâmica das fronteiras: deslocamento e circulação dos “brasiguaios” entre os limites nacionais. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 31, p. 137-166, jan./jun. 2009.

ARENDT, Hannah. A promessa da política. 2. ed. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

AUDEBERT, Cédric. La diaspora haïtienne: territoires migratoires et réseaux transnationaux. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2012.

AUDEBERT, Cédric. The recent geodynamics of Haitian migration in the Americas: refugees or economic migrants? Revista Brasileira de Estudos de População, Belo Horizonte, v. 34, n. 1, p. 55-71, jan./abr. 2017.

BAGGIO, Marileda. Liberdade religiosa e direito humano de migrar: muito além da lei! In: HERÈDIA, Vânia Beatriz Merlotti (org.). Migrações internacionais. Caxias do Sul, RS: Belas-Letras, 2015. p. 219-236.

BOFF, Leonardo. Direitos do coração: como reverdecer o deserto. São Paulo: Paulus, 2015.

BOTÍA, Carlos Gilberto Zárate. De la frontera-límite y el frente de expansión a la sociedad de frontera. In: BOTÍA, Carlos Gilberto Zárate. Silvícolas, seringueros y agentes estatales: el surgimiento de una sociedad transfronteriza en la Amazonia de Brasil, Perú y Colombia 1880-1932. Letícia: Universidad Nacional de Colombia, 2008. p. 27-68.

BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean Clause; PASSERON, Jean Claude. Ofício do sociólogo: metodologia da pesquisa sociológica. Tradução Guilherme João de Freitas Teixeira. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1989.

BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais. N° 1/92 a 42/2203 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão n° 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal: Subsecretaria de Edições Técnicas, 2004.

CANCLINI, Néstor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.

CANCLINI, Néstor García. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Tradução Luiz Sérgio Henriques. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.

CESAR, Alexandre. Acesso à justiça e cidadania. Cuiabá: EdUFMT, 2002.

COGO, Denise. Migrações contemporâneas como movimentos sociais: uma análise desde as mídias como instâncias de emergência da cidadania dos migrantes. Revistas Fronteiras – estudos midiáticos, São Leopoldo: Unisinos, v. 9, n. 1, p. 64-73, 2007.

CORTINA, Adela. Cidadãos do mundo para uma teoria da cidadania. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

CUTTI, Dirceu et al. Migração, trabalho e cidadania. In: CUTTI, Dirceu et al. (org.). São Paulo: Educ, 2016. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=sYrFDQAAQBAJ&pg=PT128&lpg=PT128&dq=o+que+os+migrantes+entendem+por+cidadania&source=bl&ots=5_dk1ODTpk&sig=-ob2Xw8Hm5ou7i6s5M-fMCE8HEM&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjBlJyj_-XbAhUBhZAKHZMaCOEQ6AEITTAF#v=onepage&q=o%20que%20os%20migrantes%20entendem%20por%20cidadania&f=false. Acesso em: 10 jun. 2023.

FISCHER, Michael. Futuros antropológicos: redefinindo a cultura na era tecnológica. Tradução Luiz Fernando Dias Duarte e João de Azevedo e Dias Duarte. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 3. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1987.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 18. ed. São Paulo: Graal, 2003.

GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes, 1997.

GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

GUARINELLO, Norberto Luiz. Cidades-estado na Antiguidade Clássica. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (org.). História da cidadania. 6. ed. 2. reimp. São Paulo: Contexto: 2015.

HABERMAS, Jürgen. Soberania popular como procedimento: um conceito normativo de espaço público. Tradução Márcio Suzuki. Novos Estudos, Cebrap, n. 26, p 100-113, 1990. Disponível em: http://novosestudos.uol.com.br/v1/files/uploads/contents/60/20080624_soberania_popular.pdf. Acesso em: 15 jun. 2023.

HAMMES, Jaqueline Machado; PELLEGRINI, Grace Kellen de Freitas. Reflexos da participação política na cidadania. In: GORCZEVSKI, Clóvis. Direitos humanos e participação política. Porto Alegre: Imprensa livre, 2010.

JOSEPH, Handerson. Diáspora. As dinâmicas da mobilidade haitiana no Brasil, no Suriname e na Guiana Francesa. 2015. 429 f. Tese (Doutorado) – UFRJ, Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Rio de Janeiro, 2015a.

JOSEPH, Handerson. Diáspora. Sentidos sociais e mobilidades haitianas. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 21, n. 43, p. 51-78, jan./jun. 2015b.

JOSEPH, Handerson. Criando associações: migrantes haitianos na Guiana Francesa e no Brasil. In: Cadernos de Debates Refúgio, Migrações e Cidadania, v. 11, n. 11. Brasília: Instituto Migrações e Direitos Humanos, 2016. p. 43-64.

JOSEPH, Handerson. Diáspora, refugiado, migrante: perspectiva etnográfica em mobilidade e transfronteiriça. Soc. e Cult., Goiânia, v. 20, n. 2, p. 173-192, jul./dez. 2017a.

JOSEPH, Handerson. A historicidade da (e)migração internacional haitiana. O Brasil como novo espaço migratório. In: FELDMAN-BIANCO, Bela; CAVALCANTI, Leonardo (org.). Dossiê: Imigração Haitiana no Brasil: Estado das Artes. Periplos – Revista de Pesquisa sobre Migrações, Brasília, DF: UNB, v. 1, n. 1, p. 7-26, 2017b.

JOSEPH, Handerson; JOSEPH, Rose-Myrlie. As relações de gênero, de classe e de raça: mulheres migrantes haitianas na França e no Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Brasília, v. 9, n. 2, p. 1-33, 2015.

KERBAUY, Maria Teresa Miceli; TRUZZI, Oswaldo. Globalização, migrações internacionais e novos desafios à cidadania. Perspectivas, São Paulo, v. 31, p. 123-135, jan./jun. 2007.

LUCENA, Célia Toledo. Fluxos migratórios de latino-americanos: cidadania transnacional. Revista Ambivalências, Sergipe, v. 1, n. 2, p. 5-28, jul./dez. 2013.

MARSHALL, Thomas Humphrey. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.

MARTINS, Carmentilla das Chagas. Relações bilaterais Brasil/França: a nova perspectiva brasileira para a fronteira Amapá/Guiana Francesa no contexto global. 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade de Brasília – UNB, , Brasília, 2008.

MARTINS, Carmentilla das Chagas. A migração internacional nos quadros da cooperação transfronteiriça franco-brasileira. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 36., 1012. São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Anpocs, 2012. p. 1-30.

MEZZADRA, Sandro. Multiplicação das fronteiras e práticas de mobilidade. Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, Brasília, ano XXIII, n. 44, p. 11-30, jan./jun. 2015.

NIETO, Carlos. Migración haitiana a Brasil: redes migratorias y espacio social transnacional. 1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Clacso, 2014. E-Book. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20141118015558/Migracion.pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.

PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi (org.). História da cidadania. 6. ed. 2. reimp. São Paulo: Contexto, 2015.

PINTO, Manoel de Jesus de Souza. O fetiche do emprego: um estudo sobre as relações de trabalho de brasileiros na Guiana Francesa. 2008. 273 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará – Ufpa, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Curso de Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Pará, 2008.

OLIVEIRA, Betiana de Souza. Dinâmicas sociais na fronteira entre o Estado do Amapá e a Guiana Francesa: um estudo sobre Oiapoque, Vila Vitória do Oiapoque e Cayenne. 2011. Dissertação (Mestrado) – Fundação Universidade Federal do Amapá – Unifap, Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional, Macapá, 2011.

RABOSSI, Fernando. Tempo e movimento em um mercado de fronteira: Ciudad Del Este, Paraguai. Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 405-434, 2015.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010. Vol. 4.

SAYAD, Abdelmalek. A imigração e os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 1998.

SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução Laura Teixeira Motta. Revisão técnica Ricardo Doniselli Mendes. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SILVA, José Maria. A cidade de Oiapoque e as relações transnacionais na fronteira Amapá-Guiana Francesa. História Revista, Goiás, v. 10, n. 2, p. 273-298, jul./dez. 2005.

SILVA, Anaxsuell Fernando da. Práticas religiosas em contexto migratório: o caso da tríplice fronteira latino-americana. Inter-Legere, Natal-RN, n. 17, p. 89-104, ago./dez. 2015.

VIEIRA, Liszt. Cidadania global e estado nacional. Dados, Rio de Janeiro, v. 42, n. 3, p. 395-419, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52581999000300001&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 3 jul. 2023.

WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi. A produção da vida nua no patamar de (in)distinção entre direitos e violência: a gramática dos imigrantes como “sujeitos de risco” e a necessidade de arrostar a mixofobia por meio da profanação em busca da comunidade que vem. 2014. 271 f. Tese (doutorado em Direito) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, Programa de Pós-Graduação em Direito, São Leopoldo, RS, 2014.

Published

2024-05-08

How to Cite

Rogerio, M. S. (2024). The perception of haitian migrants located in the franco-brazilian border region about citizenship. Revista Direitos Humanos E Democracia, 12(23), e15380. https://doi.org/10.21527/2317-5389.2024.23.15380