O TEMPO ENTRE GERAÇÕES
DOI:
https://doi.org/10.21527/2317-5389.2013.2.293-327Resumen
O presente texto pretende demonstrar que não sepode saltar o jogo das gerações; ele é inscrito dentro de vínculos naturais quenão podem ser desvirados. Logo, a indiferença é justificada pelaimprescritibilidade que não pode mudar conhecimento e situação. O único problemaverdadeiro de justiça entre gerações diferentes se coloca pela maneira na qualas instituições regulam o acesso aos recursos limitados no tempo, ou seja, agemcom a vantagem dada pelas possibilidades históricas. Não nos interessa tanto avertente ético-política, mesmo sendo relevante, do já robusto discurso sobre ajustiça intergeracional, mas sim aquela entendida a partir de Rawls, do carátersimbólico e virtual que cada geração instaura com o seu futuro, partindo dopresente. Cruzamento contínuo de sincronia e diacronia, as gerações não podemexistir como identidade, senão como referência – frequentemente antagônica – àdessemelhança (as outras “gerações”). Assim as suas identidades vivem de umapostura cúmplice no confronto daqueles dos quais se distinguem.Descargas
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