Estratificação social e colonialidade: Notas para uma leitura decolonial do cânone sociológico
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-6622.2025.64.17468Palavras-chave:
Cânone sociológico, Colonialidade, Estratificação socialResumo
O ensaio propõe uma leitura decolonial do cânone sociológico com o objetivo de fortalecer a missão analítica e, ao mesmo tempo, emancipatória da sociologia enquanto ciência reflexiva e crítica da “modernidade”. Nesse contexto, é aprofundado o conceito de estratificação social, com o propósito de evidenciar seus elementos ideológicos de caráter eurocêntrico — elementos que, dentro de uma perspectiva de ciência social global, limitam suas capacidades heurísticas.
Referências
APPADURAI A., The Future as Cultural Fact: Essays on the Global Condition. London and New York: Verso Books, 2013.
BHAMBRA G. Rethinking Modernity. Postcolonialism and the Sociological Imagination. New York: Palgrave Macmillan, 2007.
BURAWOY M. American Sociological Association Presidential address: For public sociology. The British Journal of Sociology, 56(2), 2004, pp. 259-294.
CAILLÉ A.; VANDERBERGHE F. For a New Classic Sociology. A Proposition, followed by a Debate. London and New York: Routledge, 2021.
COLLINS R. Teorie sociologiche. Bologna: il Mulino, 2006.
CONNELL R. Northern Theory: The Political Geography of General Social Theory. Theory & Society, 35(2), 2006, pp. 237-64.
CONNELL R. Decolonizing Sociology. Contemporary Sociology, 47(4), 2018, pp.399-407.
CONNELL R. For Sociology: more ambitious, more practical, and definitively polyphonic, in A. Caillé, F. Vanderberghe, eds., For a New Classic Sociology. A Proposition, followed by a Debate. London and New York: Routledge, 2021, pp. 77-83.
CROMPTON R. Class and stratification (3rd ed.). Cambridge: Polity, 2008.
CROTEAU D.; HOYNES W. Sociologia generale. Teorie, metodo, concetti. III edizione. Milano: McGrawHill Education, 2022.
DAVIS K.; MOORE W.E. Some Principles of Stratification. American Sociological Review, 10(2), 1945, pp. 242-249.
DESMOND M.; EMIRBAYER M. What is Racial Domination? Du Bois Review [online], 6(2), 2009, pp. 335-355.
DI MEGLIO M. La parabola dell’eurocentrismo. Grandi narrazioni e legittimazione del dominio occidentale. Trieste: Asterios, 2008.
DI MEGLIO M.; PENDENZA M. Global Social Science. Special Issue di Rassegna Italiana di Sociologia, 4, 2020, pp. 673-828.
DURKHEIM É. La divisione del lavoro sociale. Milano: Comunità, 1977.
FANON F. Pelle nera, maschere bianche. Pisa: Edizioni ETS, 2015.
GALLINO L. Dizionario di Sociologia. Vol. 2 (L-Z). Novara: Istituto Geografico De Agostini S.p.A., 2006.
GOLDTHORPE J.H. Sulla sociologia. Bologna: il Mulino, 2000.
GUTIÉRREZ R.E.; BOATCĂ M.; COSTA S. Decolonizing European Sociology: Transdisciplinary Approaches. Burlington: Ashgate, 2010.
IZZO A. Storia del pensiero sociologico. 3 Voll. Bologna: il Mulino, 2005.
LENTINI O. Saperi sociali ricerca sociale, 1500-2000. Milano: Franco Angeli, 2003.
LINS HAMLIN C., ANDRADE WEISS R., MAGALHÃES BRITO S. In defense of a polyphonic sociology: Introducing female voices into the sociological canon. Sociologias, 24(61), 2022, pp. 26-59.
LUGONES M. Toward a Decolonial Feminism, Hypatia. A Journal of Feminist Philosophy. 25(4), 2010, pp. 742-759.
MALDONADO-TORRES S. On the Coloniality of Being. Cultural Studies, 21(2), 2007, pp. 240-270.
Marx K., Engels F. Manifesto del Partito Comunista. Milano: Rizzoli, 2001.
MASSARI M.; PELLEGRINO V. Emancipatory Social Science Le questioni, il dibattito, le pratiche. Napoli-Salerno: Orthotes Editrice, 2020.
MELLINO M. Gli studi postcoloniali: un’introduzione. In G. Ricotta, G. Ruocco. Pensare, classificare, costruire l’alterità. Percorsi di critica postcoloniale. Roma: Castelvecchi, 2025, pp. 147-190.
MIGNOLO W.D. Local Histories/Global Designs. Coloniality, subaltern knowledges, and border thinking. Princeton NJ/; Princeton University Press, 2000.
MIGNOLO W.D. The Darker Side of Western Modernity. Dhuram: Duke University Press, 2011.
MILLS C.W. L’immaginazione sociologic. Milano: Il Saggiatore, 2018
Morris A. The Scholar Denied. W. E. B. Du Bois and the Birth of Modern Sociology. Berkeley: University of California Press, 2015.
PELLEGRINO V.; RICOTTA G. Global social science. Dislocation of the abyssal line and post-abyssal epistemologies and practices. Rassegna Italiana di Sociologia, n. 4, 2020, pp. 803-828.
PELLEGRINO V.; RICOTTA G. Epistemologie del sud e sociologia di posizione. In, F. de Nardis, A. Petrillo, A. Simone. A a cura di, Sociologia di posizione. Prospettive teoriche e metodologiche. Milano: Meltemi, 2023, pp. 117-137.
QUIJANO A. Colonialidad y Modernidad/Racionalidad. Perù Indígena, 13(29), 1992, pp. 11-20.
QUIJANO A. Coloniality of Power, Eurocentrism, and Latin America. Nepantla: Views from South, vol. 1, n. 3, 2000, pp. 533-580.
QUIJANO A.; WALLERSTEIN I. Americanity as a concept, or the Americas in the modern-world system. International Social Science Journal, 134, 1992, pp. 549-557.
RICOTTA G. Ripensare l’emancipazione sociale: sociologia delle assenze e delle emergenze, Quaderni di Teoria Sociale, 1, pp. 2019, 179-198.
RICOTTA G. Teorie sociologiche della modernizzazione e costruzione dell’alte- rità. Una lettura decoloniale, in G. Ricotta, G. Ruocco. Pensare, classificare, costruire l’alterità. Percorsi di critica postcoloniale. Roma: Castelvecchi, 2025, pp. 108-144.
RICOTTA G.; HANAFI S.; BOATCĂ M.; MASSARI M.; PELLEGRINO V.; ALLEGRETTI G.; SANTOS B.d.S. The end of the cognitive empire. The coming of age of epistemologies of the South. A roundtable on and with Boaventura de Sousa Santos. Rassegna Italiana di Sociologia, 1, 2021, pp. 220-260.
RICOTTA G., RUOCCO, G. Pensare, classificare, costruire l’alterità. Percorsi di critica postcoloniale. Roma: Castelvecchi, 2025.
RITZER G.; STEPNISKY J. Teoria sociologica. Novara: UTET, 2020.
RUOCCO G. I fondamenti coloniali del pensiero occidentale: un’introduzione storica. In Giuseppe Ricotta, Giuseppe Ruocco. Pensare, classificare, costruire l’alterità. Percorsi di critica postcoloniale. Roma: Castelvecchi, 2025, pp. 13-107.
SANTOS B.d.S. La fine dell’impero cognitivo. L’avvento delle epistemologie del Sud. Roma: Castelvecchi, 2021.
SPIVAK G.C. Can the Subaltern Speak? In C. Nelson and L. Grossberg. Marxism and the Interpretation of Culture. London: Macmillan, 1988, pp. 66-111.
SUSEN S. Sociology in the Twenty-First Century. Cham: Palgrave Macmillan, 2020.
TOCQUEVILLE A. de. La democrazia in America. Milano: Rizzoli, 1982.
TOSTE DAFLON V.; RIBEIRO CAMPOS L. Pioneiras da Sociologia. Mulheres intelectuais nos séculos XVIII e XIX. Niterói: Eduff – Editora da Universidade Federal Fluminense, 2022.
WAGNER P. A sociology of modernity. Liberty and Discipline. London: Routledge, 1993.
Wallerstein I. The Capitalist World Economy. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.
Wallerstein I. World-Systems Analysis. An Introduction. Durham and London: Duke University Press, 2004.
WEBER M. L’etica protestante e lo spirito del capitalism. Firenze: Sansoni, 1977.
WEBER M. Storia economica. Linee di una storia universale dell’economia e della società. Roma: Donzelli, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação na Revista Direito em Debate do(s) artigo(s) aceitos para publicação à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da revista e suas bases de dados de indexação e repositórios, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Isto significa que, ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista Direito em Debate e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, os autores têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
b. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
e. O(s) A(s) autores(as) declaram que o texto que está sendo submetido à Revista Direito em Debate respeita as normas de ética em pesquisa e que assumem toda e qualquer responsabilidade quanto ao previsto na resolução Nº 510/2016, do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.
f. Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.
g. A Revista Direitos em Debate é uma publicação de acesso aberto, o que significa que todo o conteúdo está disponível gratuitamente, sem custo para o usuário ou sua instituição. Os usuários têm permissão para ler, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, criar links para os textos completos dos artigos, ou utilizá-los para qualquer outro propósito legal, sem pedir permissão prévia do editor ou o autor. Estes princípios estão de acordo com a definição BOAI de acesso aberto.








