Giorgio Agamben: O estado de exceção, a pandemia e o filósofo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-6622.2024.62.14012

Palabras clave:

Biopolítica, Covid-19, Estado de Exceção, Giorgio Agamben

Resumen

Este artigo estuda os mecanismos de dominação revelados nas ações ou estratégias de governos ou regimes de Estados ocidentais contemporâneos, apontados pelo filósofo italiano Giorgio Agamben. A atuação biopolítica dos Estados, aparece como tecnologia utilizada pelo poder para perenizar o estado de exceção, afetando os direitos das pessoas. Analisa-se, também, o efeito causado pela pandemia, à tese de Agamben, o que acabou por fragilizar, indispor e colocar na berlinda, encimadas por críticas, o suporte ético sobre o qual ela foi formulada. Utilizando-se do método de abordagem dedutivo, conclui-se que, embora as teses de biopolítica e estado de exceção de Agamben sejam relevantes à compreensão da realidade atual, suas aplicações no contexto da pandemia revelam-se equivocadas.

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Publicado

2024-11-12

Cómo citar

Gurniski, M. F., Fontana, S. E. P., & dos Santos, C. C. C. (2024). Giorgio Agamben: O estado de exceção, a pandemia e o filósofo. Revista Derecho En Debate, 33(62), e14012. https://doi.org/10.21527/2176-6622.2024.62.14012