Educação, Democracia e Justiça no Neopragmatismo de Rorty
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2009.82.171-187Resumo
Os temas estritos da educação, ainda que não abordados de modo direto por Rorty, estão contemplados em suas obras. Isso porque, engajado na conversação filosófica e política – ambas compreendidas como atividades da esfera pública, do jogo de dar e solicitar razões –, o autor prefere um gênero de argumentação que não autoriza uma disciplina que ofereça ou permita fundamentos para a educação. Não obstante, reconhece que a atividade filosófica e a atividade política possuem potencial educacional: mediante as vozes polifônicas da filosofia pós-moderna e dos encontros e desencontros da política democrática liberal, almeja um tipo de educação que designa por edificação. Assinala, oportunamente, que não é uma proposta para a educação básica, mas para a educação superior não profissional. Dirigese a intelectuais humanistas que buscam oferecer elementos para a esperança social e para o progresso moral das pessoas, particularmente dos estudantes. A função desses intelectuais, afirma Rorty, é instilar dúvidas nas pessoas a respeito de suas próprias autoimagens e sobre a sociedade à qual pertencem. Tal propósito demanda compreender o que Rorty entende por democracia e por justiça.Downloads
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