Juventudes, precariedade e ética da coabitação: Implicações educacionais dos modos de alocação diferencial da precariedade
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.11643Palavras-chave:
Educação. Juventude. Precariedade. Brasil.Resumo
O artigo versa sobre os modos pelos quais as juventudes contemporâneas, no Brasil, têm sido enquadradas por um amplo e diversificado conjunto de discursos midiáticos acerca de sua constituição subjetiva. Ora enredados pelas potencialidades de ser um Millenial e desfrutar de uma ambiência social diferenciada, ora interpelados pela construção de uma leitura da condição juvenil marcada pela falta, como é o caso dos “nem-nem-nem”, conseguiu-se diagnosticar determinados modos de alocação diferencial da precariedade na constituição destas figuras subjetivas. Este cenário é intensificado no contexto da pandemia causada pelo coronavírus. Sob inspiração dos escritos políticos de Judith Butler, aponta-se para o advento de pautas que parecem extrapolar as questões identitárias e deslocam-se para uma luta e organização coletiva em favor de uma política da singularidade. Objetivamente, será atribuída uma centralidade analítica, tanto para as implicações educacionais desta alocação diferencial da precariedade e aos diferentes enquadramentos políticos e normativos desta questão, quanto para as possibilidades de as juventudes criarem novas alianças a partir da precariedade, em favor de uma ética da coabitação.
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