Ensino híbrido com metodologias ativas: Um mapeamento sistemático sobre o impacto na educação básica e superior
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.12767Palavras-chave:
Aprendizagem ativa, Ensino colaborativo, Ensino remoto, Ensino-aprendizagemResumo
A pandemia causada pela Covid-19, e o consequente Ensino Remoto Emergencial instituído, acelerou o processo de discussão sobre o potencial do Ensino Híbrido e das Metodologias Ativas, com vistas à transformação dos modos de ensino-aprendizagem até então assentados e à busca por respostas para as seguintes questões: “Como resgatar o interesse dos alunos por aprender?” e “Como garantir uma aprendizagem significativa que, de fato, proporcione a formação de cidadãos reflexivos e protagonistas da sua aprendizagem?”. É nesse contexto que se propõe a realização do presente Mapeamento Sistemático (MS), com o objetivo de identificar estudos primários desenvolvidos em âmbitos nacional e internacional, que investigam como o Ensino Híbrido e as Metodologias Ativas estão sendo viabilizados no contexto educacional, tanto na educação básica quanto na superior, averiguando o impacto no processo de ensino-aprendizagem. A análise permitiu identificar que o Ensino Híbrido e as Metodologias Ativas impactam em diferentes dimensões no processo de ensino-aprendizagem, relacionadas a aspectos intrínsecos e extrínsecos, apresentando-se como uma possibilidade para responder às questões inicialmente elencadas. O presente trabalho disponibiliza à comunidade acadêmica e científica um levantamento abrangente das pesquisas e dos relatos de experiência, apontando as lacunas existentes e direcionando para novos esforços de estudos e práticas educacionais.
Referências
AUSUBEL, David Paul; NOVAK, Joseph Donald; HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
BACICH, Lilian; MORAN, José. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BACICH, Lilian; MORAN, José; FLORENTINO, Elisangela. Educação Híbrida: Reflexões para a educação pós-pandemia. Políticas Educacionais em Ação, n. 14, p. 1-13, abr. 2021.
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, on-line, v. 32, n. 1, p. 25-40, 2011.
BERK, Amanda; ROCHA, Marcelo. O uso de recursos audiovisuais no ensino de ciências: uma análise em periódicos da área. Revista Contexto & Educação, v. 34, n. 107, p. 72-87, 2019.
BENDER, Willian N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Editora Penso, 2014.
CHRISTENSEN, Clayton M.; HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. [S.l.]: Clayton Christensen Institute for Disruptive Innovation, 2013.
DEWEY, John. Democracy and education. New York: The Free Press, 1944.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.
GONÇALVES, Fábio Peres; MARQUES, Carlos Alberto. Contribuições pedagógicas e epistemológicas em textos de experimentação no ensino de química. Investigações no Ensino de Ciências, v. 2, p. 219-238, 2006.
GUIMARÃES, Débora Sudatti; JUNQUEIRA, Sônia Maria da Silva. Rotação por estações no trabalho com equações do 2° grau: uma experiência na perspectiva do ensino híbrido. Educação Matemática Pesquisa, v. 22, n. 1, p. 708-730, 2020.
HORN, Michael B.; STAKER, Heather. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
KITCHENHAM, Barbara; CHARTERS, Stuart. Guidelines for performing Systematic Literature Reviews in Software Engineering. Technical Report EBSE 2007-001. Keele University and Durham University Joint Report, 2007.
KRASILCHIK, Myriam. Práticas de ensino de biologia. 4. ed. rev. e amp. 1ª reimp. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
LEITE, Laurinda; ESTEVES, Esmeralda. Ensino orientado para a aprendizagem baseada na resolução de problemas na Licenciatura em ensino da física e química. In: SILVA, Bento; ALMEIDA, Leandro (ed.). CONGRESSO GALAICO-PORTUGUÊS DE PSICOPEDAGOGIA, 8., 2005. Braga: Cied; Universidade do Minho, 2005. p. 1.751-1.768.
MORAN, José. Ensino híbrido: “É importante não engessar o que ainda está em construção”. (Entrevista concedida a Semesp). São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.semesp.org.br/noticias/ensino-hibrido-e-importante-nao-engessar-o-que-ainda-esta-em-construcao/. Acesso em: 23 mar. 2022.
OLIVEIRA, Tobias Espinosa de; ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Aprendizagem baseada em equipes (Team-Based Learning): um método ativo para o Ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 33, n. 3, p. 962-986, 2016.
PIAGET, Jean. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
PRENSKY, Marc. Aprendizagem baseada em jogos digitais. São Paulo: Senac, 2012.
RAMOS, Daniela Karine. A formação de professores para o uso das tecnologias: um mosaico de concepções e emoções. Novas Tecnologias na Educação, v. 7, n. 1, 2009.
ROGERS, Carl. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1976.
SILVA, Édila Rosane Alves da Silva; GOI, Mara Elisângela Jappe. Articulação entre resolução de problemas e a temática drogas como proposta metodológica para o ensino de química. Revista Contexto & Educação, v. 34, n. 107, p. 104-125, 2019.
SILVA, João Batista da; SILVA, Diego de Oliveira; SALES, Gilvandenys Leite. Modelo de ensino híbrido: a percepção dos alunos em relação à metodologia progressista x metodologia tradicional. Revista Conhecimento Online, v. 2, p.102–118, 2018.
VALENTE, José Armando. A comunicação e a educação baseada no uso das tecnologias digitais de informação e comunicação. Unifeso – Humanas e Sociais, v. 1, n. 1, p. 141-166, 2014.
VALENTE, José Armando; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; GERALDINI, Alexandra Flogi Serpa. Metodologias ativas: das concepções às práticas em distintos níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, v. 17, n. 52, p. 455-478, 2017.
VENTURA COSTA, Leoni; VENTURI, Tiago. Metodologias ativas no ensino de ciências e biologia: compreendendo as produções da última década. Revista Insignare Scientia – RIS, v. 4, n. 6, p. 417-436, 2021.
VYGOTSKY, Lev. Pensamento e linguagem. Tradução Jefferson L. Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Contexto & Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).