Análise comparativa do perfil do fisioterapeuta, como parte integrante da equipe de saúde nos núcleos ampliados de saúde da família e atenção básica
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.45.12329Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Fisioterapeutas, Trabalho, Estudos TransversaisResumo
Identificar o perfil de fisioterapeutas e de seu trabalho e compará-los aos outros profissionais do Nasf-AB de duas capitais do Brasil. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado entre janeiro e março de 2020 em João Pessoa/PB e Campo Grande/MS, com 182 trabalhadores do Nasf-AB. Utilizou-se um instrumento estruturado, com questões que caracterizavam os participantes e
seu processo de trabalho. A comparação entre “fisioterapeutas” e “demais profissionais” foi realizada por meio do teste do qui-quadrado (12 variáveis nominais) e do teste de Mann-Whitney (8 variáveis quantitativas). A maioria dos fisioterapeutas eram mulheres, com idades entre 55-45 anos, há 3 anos no Nasf-AB, vinculados à equipe há mais de 18 meses, desejava trabalhar no Nasf-AB, formados há mais de cinco anos, satisfeitos com seu trabalho e de equipe e com o quanto suas práticas são centradas nas necessidades dos usuários e insatisfeitos com a infraestrutura para atuarem. Dedicavam 50% ou mais de sua carga horária semanal aos atendimentos individuais, entre 10% e 40% aos coletivos, de 20% a 50% com outros profissionais do Nasf-AB e de 10% a 40% com a ESF. O pouco investimento em especializações em APS diferenciou os fisioterapeutas dos demais profissionais (p=0,049). Os fisioterapeutas realizaram mais especializações em áreas não associadas à APS, no entanto as demais características de perfil e de processo
de trabalho não os diferenciaram. A utilização de variáveis quantitativas, como os percentuais de tempo semanal dedicados aos atendimentos individuais, coletivos e com atividades com outros profissionais ampliaram a compreensão do trabalho do Nasf-AB.
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