Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais da província de Cuanza Norte (Angola)
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.13336Palavras-chave:
Angola, Cuanza Norte, Etnofarmacologia, Plantas MedicinaisResumo
Os estudos de plantas medicinais em África encontram-se limitados a determinadas áreas geográficas, e apesar de haver mais de 5400 plantas medicinais documentadas no país, outras com importante valor medicinal continuam por estudar. Os estudos etnofarmacológicos documentam o conhecimento tradicional associado ao uso medicinal da biodiversidade. Este estudo tem como objetivo documentar o uso de plantas medicinais pela população da Província de Cuanza Norte (Angola). O trabalho de campo decorreu entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019 e os dados etnobotânicos recolhidos através de entrevistas semiestruturadas. A seleção dos informantes teve como critérios a residência e reconhecimento pela comunidade como curandeiros. Os resultados foram apresentados através do nome popular da planta, uso tradicional, parte da planta utilizada, e método de preparação. Um total de 131 plantas medicinais foram relatadas. As plantas Mukumbi (Lannea welwitschii), Santa-maria (Chenopodium ambrosioides) e Ditumbata (Boerhavia difusa) foram as mais citadas. De todas as partes das plantas relatadas, as folhas foram o material mais utilizado. Quanto ao modo de preparação, a maceração foi o mais usado, seguido da infusão e decocção. As principais categorias de uso das plantas foram: doenças infeciosas e parasitárias (ex: Malária); doenças do sistema digestivo; doenças e dores indefinidas; doenças metabólicas, nutricionais e endócrinas (ex: Diabetes). Este estudo revelou a importância da preservação do conhecimento etnobotânico, para proteção da biodiversidade e descoberta de novas moléculas terapêuticas. Comparando os resultados com estudos existentes observou-se que algumas das indicações de uso tradicionais são suportadas por dados científicos.
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