Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais da província de Cuanza Norte (Angola)

Autores

  • Isabel Lombo Vemba Canga Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal
  • Pedro Vita Universidade Kimpa Vita
  • Ana Isabel de Freitas Tavares de Oliveira Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal
  • Cláudia Marta Libreiro de Pinho Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal
  • María Ángeles Castro González Departamento de Ciencias Farmacéuticas. CIETUS. IBSAL. Facultad de Farmacia, Universidad de Salamanca (USAL), Salamanca, Spain

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.13336

Palavras-chave:

Angola, Cuanza Norte, Etnofarmacologia, Plantas Medicinais

Resumo

Os estudos de plantas medicinais em África encontram-se limitados a determinadas áreas geográficas, e apesar  de haver mais de 5400 plantas medicinais documentadas no país, outras com importante valor medicinal continuam por estudar. Os estudos etnofarmacológicos documentam o conhecimento tradicional associado ao uso medicinal da biodiversidade. Este estudo tem como objetivo documentar o uso de plantas  medicinais pela população da Província de Cuanza Norte (Angola). O trabalho de campo decorreu entre  dezembro de 2018 e janeiro de 2019 e os dados etnobotânicos recolhidos através de entrevistas semiestruturadas. A seleção dos informantes teve como critérios a residência e reconhecimento pela comunidade  como curandeiros. Os resultados foram apresentados através do nome popular da planta, uso tradicional, parte da planta utilizada, e método de preparação. Um total de 131 plantas medicinais foram relatadas. As plantas Mukumbi (Lannea welwitschii), Santa-maria (Chenopodium ambrosioides) e Ditumbata (Boerhavia difusa)  foram as mais citadas. De todas as partes das plantas relatadas, as folhas foram o material mais utilizado. Quanto ao modo de preparação, a maceração foi o mais usado, seguido da infusão e decocção. As principais categorias de uso das plantas foram: doenças infeciosas e parasitárias (ex: Malária); doenças do sistema digestivo; doenças e dores indefinidas; doenças metabólicas, nutricionais e endócrinas (ex: Diabetes). Este estudo revelou a  importância da preservação do conhecimento etnobotânico, para proteção da biodiversidade e descoberta de novas moléculas terapêuticas. Comparando os resultados com estudos existentes observou-se que  algumas das indicações de uso tradicionais são suportadas por dados científicos. 

Biografia do Autor

Isabel Lombo Vemba Canga , Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal

Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal

Pedro Vita, Universidade Kimpa Vita

Universidade Kimpa Vita

Ana Isabel de Freitas Tavares de Oliveira, Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal

Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto  Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal

Cláudia Marta Libreiro de Pinho, Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal

Centro de Investigação em Saúde e Ambiente (CISA), Escola Superior de Saúde (ESS), Instituto  Politécnico do Porto (IPP), Porto, Portugal 

María Ángeles Castro González, Departamento de Ciencias Farmacéuticas. CIETUS. IBSAL. Facultad de Farmacia, Universidad de Salamanca (USAL), Salamanca, Spain

Departamento de Ciencias Farmacéuticas. CIETUS. IBSAL. Facultad de Farmacia, Universidad de  Salamanca (USAL), Salamanca, Spain 

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Publicado

2022-10-06

Como Citar

Canga , I. L. V., Vita, P., de Oliveira, A. I. de F. T., de Pinho, C. M. L., & González, M. Ángeles C. . (2022). Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais da província de Cuanza Norte (Angola). Revista Contexto &Amp; Saúde, 22(46), e13336. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.13336

Edição

Seção

Artigos