Inserção e manejo do cateter central de inserção periférica em recém-nascidos de alto risco
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14439Palavras-chave:
Recém-nascido, Enfermagem neonatal, Cateterismo Periférico, Cateterismo Venoso CentralResumo
O objetivo deste estudo foi analisar os dados sobre inserção e manejo do cateter central de inserção periférica (PICC) em recém-nascidos de alto risco internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Trata-se de estudo documental e retrospectivo, em que foram incluídas 333 inserções de PICC em 204 recém-nascidos de alto risco internados em uma UTIN referência do Distrito Federal, Brasil, durante o ano 2022. Os dados foram coletados a partir de formulário padronizado na instituição pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e complementados com consulta ao prontuário eletrônico do paciente. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa e aprovada em 2022. A amostra teve discreta predominância do sexo feminino, os pacientes eram majoritariamente prematuros e com peso adequado para a idade gestacional ao nascimento. A média de punções foi 2,44 (± 1,68). O tempo médio de permanência foi 10,65 (± 7,13 dias). Os pacientes mais velhos foram submetidos a mais tentativas de punções, bem como os de maior peso na inserção. Os cateteres centrais tiveram maior permanência e menos complicações. As complicações mais prevalentes foram infecção, obstrução e infiltração e algumas delas ocasionaram na retirada não programada do dispositivo. Os dados encontrados são compatíveis com a literatura atual e demonstram a importância de treinamento adequado da equipe de enfermagem para a inserção e manejo do dispositivo.
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