Perspectiva dos cuidadores acerca do vínculo com crianças e adolescentes institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2025.50.14953Palavras-chave:
cuidadores, criança institucionalizada, adolescente institucionalizado, relações interpessoais, teoria de enfermagemResumo
Objetivo: Conhecer a perspectiva dos cuidadores acerca das relações de vínculo estabelecidas no cuidado de crianças e adolescentes institucionalizados. Métodos: Estudo qualitativo, realizado com 10 cuidadores de uma instituição de acolhimento infantojuvenil, localizada na região Sul do Brasil. Os critérios de inclusão dos participantes foram atuar no cuidado direto das crianças e adolescentes e estar na instituição há mais de três meses. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada, entre outubro e novembro de 2020, submetidos a uma análise de conteúdo dirigida, tendo como teoria base para a elaboração dos códigos iniciais a Teoria do Cuidado Transpessoal de Watson. Resultados: Como resultados foram obtidas duas categorias: o vínculo como forma de cuidado transpessoal, que permitiu compreender as relações transpessoais propostas por Jean Watson como uma forma de cuidado estabelecidas por meio do vínculo entre o cuidador e o ser cuidado; e a relação do apego com a formação e o rompimento do vínculo, que possibilitou compreender como o apego é compreendido na formação e no rompimento dos vínculos durante o cuidado. Conclusão: Nas relações transpessoais é fundamental o cuidado com o desenvolvimento de vínculo e apego, especialmente com crianças e adolescentes, sendo imprescindível a figura do cuidador. Nesse sentido, no acolhimento institucional, é imprescindível fornecer suporte emocional, bem como valorização, para que as cuidadoras possam oferecer um cuidado embasado no apego e no vínculo, indispensáveis para o desenvolvimento infantojuvenil, sobretudo quando ocorre a desinstitucionalização.
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